"Nenhuma das obras vai parar." Governo vai pedir à UE reprogramação do PRR e remete projetos para OE e PT2030
Obras como a barragem do Pisão, a dessalinizadora do Algarve, a linha violeta do metro de Lisboa e parte da linha vermelha não vão ser financiadas. À TSF, o ministro Manuel Castro Almeida assegura que todas as obras serão executadas com outros financiamentos
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O Governo vai pedir a Bruxelas a reprogramação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR): obras como a barragem do Pisão, a dessalinizadora do Algarve, a linha violeta do metro de Lisboa e parte da linha vermelha não vão ser financiadas. À TSF, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial de Portugal explica que a reprogramação era necessária e assegura que todas as obras serão executadas com outros financiamentos.
"O que obrigou a fazer a reprogramação foi a consciência de que algumas obras que estavam previstas no PRR não iam ser executadas dentro do prazo. (...) Nenhuma destas obras vai parar, todas elas vão ser feitas, o que muda é a fonte de financiamento", explica Manuel Castro Almeida, acrescentando que as obras "ou serão financiadas pelo PT2030, ou pelo Orçamento do Estado".
Nenhuma destas obras vai deixar de ser feita.
Manuel Castro Almeida refere que a saída destas obras do PRR vai beneficiar, sobretudo, áreas da Saúde, Ciência e Inovação: "No caso da saúde vamos apostar em equipamentos, (...) estamos a falar de equipar universidades e centros de investigação".
A reprogramação do PPR será formalmente apresentada a Bruxelas este fim de semana. De acordo com o ministro, Portugal vai "continuar a executar 22,2 mil milhões de euros e acrescentar mais 1400 milhões de euros de obras que deixam de ser financiadas pelo PRR".
Também o presidente da Comissão de Acompanhamento de Execução PRR, Pedro Dominguinhos, em declarações à TSF, explica que tanto a barragem do Pisão como a dessalinizadora são obras consignadas e, “naturalmente, os empreiteiros têm toda a expectativa de concretizar essas mesmas obras”.
"Estes investimentos todos que estão aqui agora que vão sair do PRR, (...) não são uma surpresa significativa”, diz.
Já o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) admite que está surpreendido com a retirada da verba inscrita no PRR para a construção da Barragem do Pisão, no Crato: "Foi uma surpresa sim, fomos surpreendidos, mas queremos acreditar que rapidamente serão comunicadas pelo Governo as fontes de financiamento para o projeto do Pisão".
O presidente da CIMAA, entidade responsável pela gestão para a construção do Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos (EAHFM) do Crato, também conhecido por Barragem do Pisão, lamenta, no entanto, que aquela comunidade intermunicipal não tenha sido envolvida no processo de reprogramação do PRR.
