Marcelo Rebelo de Sousa afirma que o grupo de chefes de Estado, que se reuniu pela primeira vez em 2003 para debater os desafios do alargamento europeu, defendeu hoje a uma só voz o projecto comunitário.
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"Há uma sensação curiosa - curiosa porque vem de chefes de Estado de formações diferentes - da esquerda e da direita -, [que é a de que] precisamos de mais Europa", comentou o Presidente da República com os jornalistas portugueses, no final do primeiro dia de trabalhos do chamado Grupo de Arraiolos, que decorreu no Palácio de Rundäle, no sul da Letónia.
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O Presidente da República afirma que há consciência dos "problemas e desafios". Mas o tom é de uma "unidade" que até o surpreende. Numa altura em que a União se prepara para perder um dos Estados-Membros, Marcelo Rebelo de Sousa fala numa mensagem construtiva partilhada por todos os presidentes do grupo de Arraiolos.
"Ninguém falou em sair da União, ninguém falou em dividir a União, ninguém falou em andar para trás", afirmou o Presidente, embora tenha reconhecido que há desafios de que todos se mostraram conscientes.
"Houve um acordo generalizado quanto à importância do crescimento económico, da criação de emprego, da estabilidade social, de enfrentar os problemas colocados interna e externamente, por exemplo pelo brexit", disse.
O grupo de presidentes que se reuniu pela primeira vez na vila alentejana de Arraiolos, em 2003, por iniciativa do então presidente Jorge Sampaio, viajou hoje para o sul da Letónia para a reunião no Palácio de Rundäle, no sul do país.
Amanhã, em Riga, os trabalhos serão dedicados a um debate sobre o futuro da União Europeia.
O fórum dos presidentes do chamado grupo de Arraiolos reune-se pela 14ª vez, contando com a presença de presidentes da Alemanha, Áustria, Bulgária, Croácia, Estónia, Finlândia, Grécia, Itália, Letónia, Malta, e Polónia, além do Presidente português e o do país anfitrião, a Letónia. No próximo ano a reunião será na Grécia. Portugal voltará a receber o grupo de Arraiolos, em 2020, com um encontro em Lisboa.