Um governo sem futuro, dizem os partidos de esquerda. Um executivo coeso e competente, contrariam os partidos de direita.
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Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, sublinha que Passos Coelho e Paulo Portas "não deixam de surpreender". Em causa a escolha de Calvão da Silva para a pasta da administração interna. "Escolheram quem defendeu Ricardo Salgado junto do Banco de Portugal", critica a coordenadora do Bloco que considera que os líderes da coligação continuam a surpreender "pelos piores motivos".
Uma mera formalidade. João Oliveira, dirigente do PCP, considera que o anúncio do novo governo "é uma perda de tempo" atendendo "a que não se espera que o governo chegue a inciar funções".
Os partidos de direita aplaudem a nova equipa. Marco António Costa, em nome do PSD, fala num executivo de "amplo fôlego político". O dirigente social-democrata diz que Passos Coelho foi capaz de captar "personalidades altamentes respeitáveis" com "carreiras profissionais e académicas de grande relevância".
Um governo para uma legislatura. Nuno Magalhães, líder da bancada parlamentar do CDS/PP, destaca a "capacidade para formar uma equipa num curto espaço de tempo mas com coesão e provas dadas". Sinal, diz o dirigente centrista, "que é um governo para quatro anos". "Poderia perfeitamente ser um governo para uma maioria absoluta, remata o dirigente centrista.
O líder do PS foi o priemiro a reagir. António Costa, numa mensagem publicada na rede social Facebook através da conta oficial "Costa 2015" escreveu "A constituição do governo que acaba de ser anunciado pela direita é uma clara demonstração de continuidade sem evolução". Para o secretário-geral do Partido Socialista, o executivo proposto pelo primeiro-ministro indigitado, Passos Coelho, a Cavaco Silva, demonstra "uma coligação de direita esgotada em si mesma, fechada sobre si própria, sem qualquer capacidade de atração e de mobilização da sociedade portuguesa".