Pedro Silva Pereira e António Filipe consideram que Assunção Cristas "tenta caçar votos seja onde for", mas sobretudo à custa "das fragilidades do PSD".
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Em vésperas do Congresso do CDS, marcado para Lamego no próximo fim de semana, Pedro Silva Pereira contraria a tese de Assunção Cristas sobre a importância da direita no total obter 116 deputados.
"Nós estamos perante uma OPA, uma oferta pública de aquisição eleitoral do CDS sobre o eleitorado do PSD que verdadeiramente já não se disfarça", diz o eurodeputado socialista, no programa da TSF Política Pura, considerando que o resultado obtido pela líder do CDS em Lisboa não é replicável no país.
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"Não me parece que o terreno esteja assim tão abandonado (no PSD) para que o CDS entre por ali dentro. Poderá provocar estragos mas o ponto fundamental é que isto nada tem a ver com os 116 deputados porque, como aconteceu em Lisboa, em que o crescimento do CDS foi feito à custa do PSD e não correspondeu ao crescimento da direita, aquilo que é o desígnio do CDS é o crescimento à custa do PSD e isso não contribui para o crescimento da direita".
Já António Filipe acusa Assunção Cristas de assumir um discurso "populista", tentado fazer esquecer a responsabilidade na anterior governação numa tentativa de "caçar votos".
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"O discurso de populismo é isto: o CDS voltou ao discurso securitário, depois de ter andado esquecido enquanto esteve no Governo. Teve um discurso completamente populista sobre o financiamento dos partidos, aposta no alarmismo, quando agora fala nas infraestruturas e quer discutir o problema do terrorismo, está a esbracejar de toda a forma e feitio para poder posicionar-se para as eleições legislativas e procurar explorar a fragilidade que o PSD ainda não conseguiu ultrapassar", considera o deputado do PCP no programa Política Pura.