O jogo era a feijões mas Rui Rio não arriscou mais do que a posição de médio-ofensivo. Escolheu a camisola 7, falhou um penálti e não foi muito longe na competição. Mau presságio para o ano político que aí vem?
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Quando um político vai jogar futebol e escolhe ostentar o número 7 na camisola, isso é...ousado. Sobretudo quando esse político é o líder do principal partido da oposição, com ambições a ser primeiro-ministro de um país que tem o melhor jogador do mundo e que usa, também ele, o número 7 nas camisolas dos clubes por onde passa.
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Mas se há característica pela qual Rui Rio gosta de ser conhecido é essa: um político corajoso. E assim, ele lá entrou em campo, num sábado de manhã, para disputar um torneio de futebol que pretende marcar - de forma original, é preciso reconhecê-lo - a rentrée política do PSD.
O campo de futebol Ria Parque, no Vale do Garrão, Algarve, acolheu um mini-torneio entre dirigentes nacionais, dirigentes locais e autarcas. Rui Rio (que ninguém sabe se andou a treinar nas longas férias políticas que tirou este ano) decidiu jogar na posição de médio-ofensivo.
Numa das partidas, Rio furou e tentou várias vezes a baliza, mas a bola não entrava (e o guarda-redes não deve ter chegado a transpirar). A equipa do presidente do PSD ainda reclamou penálti.
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A missão que tem na política, de devolver ao PSD o Governo do país, era mais ou menos comparável, pelo nível de dificuldade, com aquela que tinha em campo e a equipa confiou tudo nas mãos do líder. Mas na hora certa, Rio falhou um penálti à baliza e David Justino ficou-se a rir.
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Ainda assim marcou dois golos. Não foram suficientes para seguir em frente na prova, mas valeu o esforço e ficaram os dotes que tentou mostrar em campo.
Rio não só não ganhou este torneio, como ficou em último. O campeonato que mais lhe interessa disputar é outro e o "estágio" começa agora com a Festa do Pontal, que mudou do tradicional calçadão de Quarteira para Querença, no concelho de Loulé. Rui Rio tem a primeira intervenção política marcada para esta tarde, quando falta pouco mais de um ano para as eleições legislativas. Quem estiver à espera de o ouvir falar em eleições ou nas grandes linhas orientadoras do PSD para ganhar ao PS no próximo ano, é melhor esperar sentado. Na política, como no futebol, para Rui Rio o mais importante parece ser a consciência de que se deu o melhor, mesmo quando se perde. Mesmo que os "colegas de equipa" não vejam as coisas da mesma forma.