
almoços grátis Carlos César Luís Montenegro
Ana António/TSF
Luís Montenegro diz que "não há dinheiro" para acomodar as exigências dos professores. "Era uma ideia politicamente estúpida".
Corpo do artigo
Luís Montenegro considera que foram as decisões do Governo a espoletar o fracasso do diálogo com os sindicatos de professores, que marcaram greve às reuniões de avaliação do ensino básico e secundário, e também pré-escolar, a partir de 18 de junho, mas admitindo que a paralisação possa prolongar-se até julho.
Os socialistas queriam mudar de política "ao abrigo de uma ideia politicamente estúpida: de que se podia virar a página da austeridade, que os maus iam embora e vinham os bons e que de um momento para o outro ia haver dinheiro para tudo"
2018/06/montenegro3_governo_esta_a_provar_o_seu_proprio_veneno_20180606161549
TSF\audio\2018\06\noticias\06\luis_montenegro_profs_gov_a_tomar_do
No programa da TSF "Almoços Grátis", o social-democrata diz que uma coisa é certa: "não há dinheiro" para tudo.
Carlos César argumenta há opções a tomar e estas opções "implicam que haja uma gradualidade em muitas áreas, incluindo a dos professores."
2018/06/carloscesar2_o_dialogo_deve_prosseguir_20180606161432
TSF\audio\2018\06\noticias\06\carlos_cesar_professores
O governo cumpriu o seu compromisso de descongelamento, mas "é preciso que haja um sinal por parte dos sindicatos para que esta negociação tenha sucesso", ressalva.
O secretário-geral da Fenprof diz que os sindicatos estão disponíveis para que o processo de recuperação do tempo de serviço congelado seja feito de forma gradual, mas exigem que sejam contabilizados para efeitos de progressão na carreira todos os anos de serviço congelados: nove anos, quatro meses e dois dias.
O Governo diz só ter condições financeiras para devolver dois anos e nove meses.
Em janeiro, os professores viram descongelada a progressão nas carreiras e cerca de 50 mil subiram de escalão e, segundo Mário Nogueira, a progressão destes docentes custa cerca de 30 milhões e não 90 milhões, como foi afirmado por António Costa.