O militante social-democrata e crítico da liderança de Pedro Passos Coelho, José Eduardo Martins, considera que Rio esclareceu cabalmente o que apoquentava a oposição interna. Algo que, considera, não era necessário.
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José Eduardo Martins queria falar, mas foi "preguiçoso", por isso o castigo é não falar no 37.º Congresso do PSD. Foi assim que o próprio colocou a coisa em conversa com a TSF, onde admitiu que gostaria de falar neste congresso, mas que não será possível. Está presente apenas presente como observador: "Não vem nenhum mal ao mundo..."
O crítico da anterior liderança considera que Rui Rio esclareceu cabalmente o que a oposição interna pretendia ver esclarecido, nomeadamente afastar-se do bloco central: "O discurso de Rio dissipou o nevoeiro que havia de manhã. O nevoeiro é mais vapor que fazemos a falar do que nevoeiro...", diz, enigmaticamente, como quem diz que os fantasmas foram fabricados.
"O Pedro Pinto, o Miguel Albuquerque são pessoas inteligentes, não precisavam de esclarecimento nenhum para saber que o nosso caminho é ser alternativa ao PS", sentenciou. "Não precisamos de sair de onde sempre estivemos: o centro moderado", defende, admitindo que gostou da proposta do deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite sobre a política de drogas.
"Este congresso tem vários passos em frente", sentenciou.