"O PSD/Madeira ganhou de forma clara e inequívoca." Sem maioria absoluta, Albuquerque está "disponível para dialogar"
Com foco na estabilidade governativa, Miguel Albuquerque garante que está "disponível para dialogar com todos os partidos num quadro de responsabilidade". E acrescenta: "Isto não é um negócio."
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O social-democrata Miguel Albuquerque reivindicou este domingo a vitória nas eleições regionais da Madeira, sem maioria absoluta, afirmando-se disponível para governar com todos os partidos.
O também presidente demissionário do Governo Regional e líder do PSD/Madeira falava no Funchal, ainda antes da divulgação dos resultados oficiais finais da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
"O PSD/Madeira ganhou estas eleições de forma clara e inequívoca, deixando o segundo partido, o Partido Socialista da Madeira, a mais de 20 mil votos e com uma diferença de oito mandatos", afirmou, na sede do partido, no Funchal.
Miguel Albuquerque disse que a esquerda foi "copiosamente derrotada pelo povo madeirense", salientando que "para além da derrota do PS/Madeira, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista deixaram de fazer parte do parlamento regional".
O líder social-democrata declarou estar agora disponível para dialogar com "todos os partidos num quadro de responsabilidade", mas não mencionou nenhuma força política em concreto, nem se pretende governar em minoria, negociar um acordo de governo ou parlamentar. "Vamos ver", disse. E acrescentou: "Isto não é um negócio."
"Os resultados são fáceis de interpretar: nós somos o partido que foi escolhido pelo povo madeirense para governar. Estamos disponíveis para encetar aquilo que a população precisa, que é um Governo com estabilidade que aprove o orçamento e o programa de governo até ao mês de julho", disse quando questionado sobre com quem se vai sentar na mesa das negociações para formar Governo. Mas deixou uma certeza: "Obviamente o PS, neste momento, não é nenhuma solução."
Ainda sobre o tema das possíveis coligações, sublinhou que "todos os partidos que disseram que não é não desapareceram [do Parlamento regional]", numa referência ao Bloco de Esquerda e à CDU.
