"O que está em causa é uma guerra." Marcelo faz apelo ao voto nas eleições europeias
O chefe de Estado sublinhou que "agora o que está em causa é uma guerra" que afeta também as condições de vida dos portugueses
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou ao país em véspera das eleições europeias, apelou aos portugueses para irem votar na Europa que querem para os próximos cinco anos e explicou porque é que esta ida às urnas é diferente de 2019.
"Em 2019 não tínhamos vivido a pandemia nem a crise económica e social que provocou, nem mais outra crise, que ainda não acabou, como não acabou a guerra. Em 2024 vivemos e sabemos aquilo que não vivíamos nem sabíamos em 2019. Vivemos o que sabemos ser a situação mais grave na europa nos últimos 30 anos. No passado temos ligado menos a estas eleições que, no entanto, sendo sobre a Europa são também sobre Portugal", explicou Marcelo.
O chefe de Estado sublinhou que "agora o que está em causa é uma guerra" que afeta também as condições de vida dos portugueses.
"Agora já não podemos fazer de conta que não há guerra, que nos é indiferente que dure pouco ou muito ou o modo como acaba, que ela não nos toca a todos nos preços, no salário, no emprego, na incerteza sobre o nosso futuro. Agora, não votar é meter a cabeça na areia, perdermos por falta de comparência em vez de darmos mais força aos nossos representantes na Europa. Já votaram antecipadamente mais de 225 mil portugueses. É possível votar amanhã em mobilidade, onde quer que nos encontremos e haja uma solução de voto", afirmou o Presidente da República.
Por fim, reforçou que vale a pena "mais do que nunca, mostrar que o voto é uma arma" de liberdade e paz.
"A arma que não existia até 1974. Desperdiçá-la é desperdiçar uma oportunidade ainda mais única de construirmos o nosso futuro. Usá-la neste momento, nos 50 anos do 25 de Abril, é mais importante, necessário e urgente do que nunca", rematou.