À chegada da convenção da AD este domingo, Luís Montenegro assumiu-se focado no futuro enquanto Nuno Melo, no seu discurso de abertura, não poupou críticas a André Ventura, a Mariana Mortágua e a Pedro Nuno Santos.
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O líder do PSD, Luís Montenegro, não respondeu ao desafio lançado por André Ventura sobre a possibilidade de viabilizar o governo do PS e admitiu este domingo, à chegada da Convenção da Aliança Democrática (AD),que está focado na mudança. Já o presidente do CDS, Nuno Melo, sugeriu que o presidente do Chega deixe de ser o "aliado útil" das esquerdas.
"Estamos focados nas soluções para haver acesso à saúde, acesso a uma educação e a uma escola pública que dê resposta às ambições dos jovens portugueses. Estamos focados em arranjar soluções para que as pessoas possam ter acesso a uma habitação digna", disse Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas, à porta do auditório do Centro de Congressos do Estoril, em Lisboa.
"Estamos focados em ter um país a crescer económico economicamente para poder ter um Estado social salvaguardado", acrescentou.
Se Luís Montenegro optou por não responder a provocações de André Ventura, já o presidente do CDS garantiu: "Esta AD não é coisa do passado, é coisa do presente (...). O único Governo que a Aliança Democrática vai viabilizar vai ser o Governo da AD quando vencermos as eleições.”
"Quero deixar uma sugestão a André Ventura: Pare lá de tresler o pensamento dos outros e deixar de ser o aliado útil, a muleta útil das esquerdas, disponível para apresentar moções de rejeição a este governo da AD, para dar a mão ao PS, BE, PCP, PAN e Livre", atirou Nuno Melo.
Num discurso de críticas, Nuno Melo comparou o Chega ao Bloco de Esquerda, por exemplo, com propostas ao nível do lucro das gasolineiras. "Mariana Mortágua e André Ventura têm a capacidade de levar Portugal à bancarrota de José Sócrates. Só que mais rápido”, defendeu.
No caso de Pedro Nuno Santos, o presidente do CDS considerou que, com o socilista no poder, o destino dos portugueses "é até à campa".
"Se Pedro Nuno Santos vencesse estas eleições, que não vai vencer, pagaríamos impostos mais altos cada vez que comemos, bebemos, fumamos, conduzimos, quando queremos ser proprietários, até quando morrermos. Se Pedro Nuno Santos vencer, pagamos impostos mais altos até morrer", disse.
O líder do PSD, Luís Montenegro vai discursar no encerramento da "Convenção por Portugal", previsto para as 18h00, não constando do programa a presença do presidente do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, numa iniciativa que terá como oradores vários cabeças de lista e candidatos a deputados pela AD.