
O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, vota durante o debate sobre a eutanásia (acesso à morte medicamente assistida) durante a sessão plenária na Assembleia da República, em Lisboa, 29 de maio de 2018. A Assembleia da República discute e vota hoje os projetos de lei do PAN, BE, PS e PEV sobre a despenalização da morte medicamente assistida, numa pouco habitual votação deputado a deputado e de resultado imprevisível. ANTÓNIO COTRIM/LUSA
António Cotrim/Lusa
Através de uma nota breve, o PCP enviou condolências à família e ao partido político do antigo coordenador do BE, dissidente do Partido Comunista.
"Perante a notícia do falecimento de João Semedo, o PCP endereça à família e à direção do Bloco de Esquerda, as suas condolências", lê-se na única frase da nota divulgada pelo Partido Comunista Português (PCP).
João Semedo aderiu ao PCP em 1972, quando era estudante na Faculdade de Medicina de Lisboa, sendo, pouco depois, preso pela PIDE - passou duas semanas em Caxias, depois de ter sido apanhado a distribuir panfletos exigindo eleições livres.
Em 1991, demitiu-se de funcionário e membro do Comité Central do PCP, na sequência da decisão da expulsão de Raimundo Narciso, José Luís Judas, Mário Lino e Barros Moura do partido.
Em 2004, integra como independente as listas do Bloco de Esquerda (BE) para o Parlamento Europeu, a convite de Miguel Portas. Torna-se depois deputado na Assembleia da República, eleito pelo BE e, em 2007, adere oficialmente ao partido.
Após a saída de Francisco Louçã da liderança do BE, em 2012, João Semedo assume a coordenação do partido, juntamente com Catarina Martins.
O médico de profissão morreu, esta terça-feira, aos 67 anos , vítima de cancro - doença de que sofria há alguns anos.