Presidente da República lamenta que Portugal "tenha dos piores indicadores da Europa" nesta matéria e apela a uma maior atenção para problema que afeta "todas as famílias"
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O Presidente da República defendeu, esta tarde, que Portugal "não pode continuar a ser dos países da Europa com piores indicadores" em termos de saúde mental e defendeu que o país deve investir mais neste domínio.
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"Não estou a pensar no orçamento que está praticamente feito (de 2019) - também é importante que, de orçamento para orçamento, se aumente o investimento em saúde mental -, mas estou sobretudo nos orçamentos dos anos futuros", disse Marcelo Rebelo de Sousa, no final de uma visita à unidade de pedopsiquiatria do Centro de Saúde de Queluz, Sintra.
No Dia Mundial da Saúde Mental, depois de visitar o que disse ser "uma unidade de excelência" e que no último ano deu apoio a cerca de 600 crianças e adolescentes, o Presidente considerou que o país deve estar mais consciente de que a doença afeta milhares de pessoas e dirigiu apelos aos políticos e aos portugueses em geral para que "olhem mais para a saúde mental".
"O primeiro apelo é aos políticos, todos eles, deste momento e do futuro: que olhem mais para a saúde mental", sublinhou, "Eu sei que os recursos são escassos e há muitos desafios no domínio da saúde, mas a saúde mental é fundamental", disse sublinhando que "quanto mais cedo se começar melhores são os resultados obtidos". "O segundo apelo é às portuguesas e aos portugueses, porque naturalmente que os políticos darão maior importância se os portugueses derem maior importância", referiu, acrescentando que os portugueses têm a ideia de que há problemas mais importantes".
"Um em cada cinco adolescentes tem problemas de saúde mental", asseverou Marcelo, insistindo que "não há uma família portuguesa que não tenha um ou vários problemas de saúde mental, nos mais novos ou nos menos jovens".