Operação Influencer. Seis meses depois, António Costa foi ouvido pelo Ministério Público
O ex-primeiro-ministro foi ouvido a seu pedido e enquanto suspeito, mas não arguido
Corpo do artigo
O ex-primeiro-ministro António Costa foi esta sexta-feira ouvido pelo Ministério Público a seu pedido no âmbito da Operação Influencer, seis meses depois de ter sido identificado como suspeito de ter cometido um crime de prevaricação.
A notícia foi avançada pelo Expresso e confirmada pela TSF que explica que o antigo chefe de Governo foi ouvido no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) na qualidade prevista no Código do Processo Penal de suspeito e não de arguido. A audição demorou uma hora e meia.
No dia 7 de novembro do ano passado, na altura em que foram feitas buscas e detenções no âmbito da Operação Influencer, a Procuradoria-Geral da República divulgou um comunicado com referência a António Costa: "No decurso das investigações surgiu, além do mais, o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do primeiro-ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido. Tais referências serão autonomamente analisadas no âmbito de inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, por ser esse o foro competente."
No mesmo dia, António Costa anunciou a decisão de demitir-se do cargo de primeiro-ministro. Em causa estavam indícios de corrupção e tráfico de influências em vários projetos de investimento, entre os quais o data center em Sines.