Oposição interna considera que saída de Paulo Portas contribui para "renovação"
O líder do movimento Alternativa e Responsabilidade, corrente de oposição interna à liderança do CDS-PP, elogia o facto de Portas estar a contribuir para a renovação do partido. Já Ribeiro e Castro, antigo presidente centrista, diz que o congresso devia ter acontecido "antes das legislativas".
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Paulo Portas não se recandidata à liderança do CDS. Foi o que o próprio comunicou esta noite à comissão política do partido. Portas é presidente do CDS há quase 16 anos, desde 1998. O ainda líder centrista interrompeu a função apenas por dois anos, entre 2005 e 2007.
Nesses dois anos, foi Ribeiro e Castro o líder do partido. É ele quem, à TSF, diz achar ""muito mal" que Paulo Portas esteja de saída. O "dr. Paulo Portas tem a obrigação de conduzir o partido do início do ciclo" até ao fim desse ciclo diz Ribeiro e Castro.
O antigo líder afirma ainda que "o congresso devia ter sido feito antes das eleições legislativas".
Já Filipe Anacoreta Correia, o líder do movimento Alternativa e Responsabilidade, corrente de oposição interna a Portas, elogia o facto de Portas, com a decisão de não se recandidatar ao cargo, estar a contribuir para a renovação do partido.
"Este tempo abre um novo ciclo e será um novo ciclo que deve ser preparado numa perspetiva com um horizonte temporal alargado [...] de 10 anos." diz Filipe Anacoreta Correia.
O líder do movimento Alternativa e Responsabilidade elogia a decisão de Paulo Portas e afirma compreender "que alguém que esteve tantos anos, já são 16, à frente de um partido possa considerar que o novo ciclo é demasiado exigente e, fazendo essa avaliação, possa achar que não é justo [que o partido] lhe peça tanto".