A líder do CDS-PP, convidada esta manhã da Manhã TSF, considera que o Orçamento do Estado para 2017 mantém um enorme aumento de impostos e afirma que a sobretaxa "é um logro".
Corpo do artigo
"Mantém um enorme aumento de impostos, com uma diferença: antes estávamos em exceção, agora aparentemente estamos na normalidade. Para além disso, soma uma nova austeridade e soma tudo aquilo que o primeiro-ministro já vinha anunciado que é um conjunto de impostos indiretos que já existiam e se vão manter, agravando; e cria outros", acusou Assunção Cristas na TSF.
Questionada se nenhum dos impostos se justifica, a líder do CDS-PP recorda que este Governo sempre "prometeu desagravar a austeridade e não vemos isso a acontecer".
Quanto à polémica da sobretaxa do IRS, a centrista não poupa nas críticas, afirmando que a sobretaxa "é o maior logro" deste Orçamento do Estado (OE), pois "o Governo das esquerdas aprovou uma lei no parlamento a dizer que a sobretaxa deveria ser eliminada no dia 1 de janeiro de 2017 e não vai ser coisíssima nenhuma".
Assunção Cristas critica ainda o aumento das pensões que considera uma "medida pequenina" porque não traz recuperação real do poder de compra. O CDS-PP apresenta, por isso, uma proposta para aumento de pensões.
"Esta proposta tem um custo estimado de 50 milhões de euros. Recordo-me que este Governo dizia que no combate às fraudes, por exemplo no subsídio de doença, conseguia ir buscar cerca de 60 milhões de euros. Portanto, se a máquina estiver a funcionar bem e a fiscalizar o abuso de prestações, conseguimos facilmente financiar estes 50 milhões de euros de pensões", calcula Assunção Cristas.