Para onde vai o Bloco? Não precisa de ir "para o infinito e mais além", mas quase.
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Francisco Louçã abre o seu discurso a falar de fake news. Já existem "há quase 200 anos", mas estão a ganhar cada vez mais poder.
"A mentira é uma indústria" alimentada por "uma clientela que pede o ódio a mulher, a imigrante, o pobre" e empurrada por "profetas triunfantes" - Trump, Salvini, Bolsonaro.
"Os rufias tomaram conta da direita e são aplaudidos pelos milionários (...) a política suja está por todo o lado", condenou o antigo líder bloquista.
Como vencer o medo perante um "mundo mais agressivo"? Só o Bloco "é a segurança no cumprimento dos compromissos". Segurança contra a corrupção, nos compromissos como aumentar o salário mínimo, acabar com privatizações ou aumentar pensões.
E para onde vai o Bloco? Terá de ir longe, mas não precisa de ir "para o infinito e mais além", disse Louçã, citando Buzz Lightyear, personagem do filme da Disney "Toy Story", que, diz, viu recentemente com as netas.
"Este Bloco é mais humilde. O próximo passo e o caminho são mais concretos do que um infinito que não existe. Sabemos para onde vamos."
"Se querem chamar moralismo exigência de que ministro não roube dinheiros públicos. Chamem-nos moralistas, somos republicanos", desafiou.
Foi a única intervenção do dia que teve direito a ovação de pé.