"Palavra dada, palavra honrada." Montenegro fala em "nação em transformação" e "oposição com muita confusão"
O primeiro-ministro elencou os compromissos que assumiu, começando pelo IRS. "A oposição chumbou, mas o nosso compromisso foi cumprido. Palavra dada, palavra honrada."
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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu esta quarta-feira que "a nação está em transformação" e que "a nação tem muita confusão na oposição".
Estas foram duas das conclusões transmitidas por Luís Montenegro na abertura do debate do estado da nação e que desenvolverá na sua intervenção inicial no último debate político na Assembleia da República antes das férias.
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Depois de elencar várias áreas da transformação, Luís Montenegro notou que é "uma transformação estratégica, estruturante, ambiciosa e realizável". Disse o primeiro-ministro que essa "transformação" resulta da "execução de um programa de governo que o povo português não quer interromper".
"Portugal em transformação é, pois, a primeira conclusão", afirmou Montenegro, apontando à confiança nas instituições, na responsabilidade e na palavra dada.
"A palavra dada na campanha, a palavra dada perante o Presidente da República na tomada de posse e a palavra dada aos 230 representantes do povo que se sentam neste hemiciclo", sublinhou o primeiro-ministro.
Luís Montenegro seguiu com os compromissos que assumiu, começando pelo IRS. "A oposição chumbou, mas o nosso compromisso foi cumprido. Palavra dada, palavra honrada."
Em balanço do trabalho do governo, Montenegro seguiu com os compromissos assumidos de pagar aos fornecedores no máximo de 30 dias, acelerar o PRR, iniciar conversações com professores e profissionais das forças de segurança.
No caso das carreiras, Montenegro sublinhou que foram matérias que "não foram acauteladas nos últimos 8 anos". "Estas conversações mantêm-se e foram subscritos muitos acordos nestas áreas."
Partiu depois, Luís Montenegro, para a discussão de novas bases, na Concertação Social, para aumento de rendimentos e competitividade. Seguiu com o compromisso de "estabelecer com todos os grupos parlamentares" uma agenda anticorrupção e também a realização das provas de nono ano em formato papel.
Já no fim dos nove compromissos, o primeiro-ministro falou na apresentação de uma nova estratégia para a habitação, "capaz de corrigir falhas que vinham do passado". Por fim, a revogação de decisões "injustas" no tema do alojamento local. Terminou sempre com a expressão: "Palavra dada, palavra honrada."
"Temos uma nação em transformação e uma nação com confiança". Luís Montenegro disse que os compromissos que recordou não é "pouco", mas é aquilo que o governo já fez desde que foi investido.
"Esta diferença de cumprir aquilo que se promete, de materializar a mudança que os cidadãos quiseram, é a marca deste governo. Foi para isso que nós viemos, para fazer uma diferença segura", sublinhou o primeiro-ministro.
Além destes compromissos, Montenegro disse que "a nação está a executar um programa de governo que saiu das escolhas dos portugueses". Numa farpa para o governo de António Costa, o primeiro-ministro referiu que esse programa está a ser executado, ainda que alguns, "habituados aos hábitos do passado", critiquem as apresentações.
Montenegro afirmou que exigiu "lealdade e verdade" ao parlamento e que, como sempre disse, "não é uma questão de chantagem, de arrogância ou jogos de palavras".
"Não rejeitar o programa do governo não significa adesão ao seu conteúdo, mas é ato que tem consequências políticas". Luís Montenegro pediu seriedade.
"Até ao dia em que as senhoras e senhores deputados decidirem aprovar uma moção de censura, se algum dia o decidirem, as oposições, além do seu trabalho político, têm dever de lealdade para com os portugueses de nos deixarem governar e não governarem em arranjos irresponsáveis e oportunistas no parlamento", vincou Luís Montenegro.
Montenegro avisou: "Cada um tem direito a apresentar as suas ideias e alternativas, mas o programa que está em execução é o programa de governo. Não há um programa alternativo se os senhores não gerarem uma alternativa."
