Mota Amaral não vê bloqueio no parlamento embora perceba o nervosismo da direita. O ex-deputado do PSD assinala também uma quantidade maior de problemas do que se esperava no acordo à esquerda.
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"Apreensão" e "preocupação" é como Mota Amaral analisa o actual momento politico que Portugal atravessa, um mês depois das legislativas e sem ser claro o futuro do Governo da coligação.
O ex-deputado do PSD, e um dos protagonistas do programa da TSF Pares da República, diz esperar que tudo esteja esclarecido na próxima semana mas acrescenta que a construção da alternativa à esquerda parece estar com mais problemas do que se poderia pensar.
Carlos César, o líder parlamentar do PS, disse ontem que não há acordo fechado à esquerda, admitindo até a possibilidade de não haver acordo e de o programa de governo da coligação ser viabilizado.
Perante estas declarações, Mota Amaral considera que há "claramente" uma "pressão sobre o PCP que, aparentemente, tem sido o mais renitente nestas negociações".
Mora Amaral, convidado do Fórum TSF desta quarta-feira, afirmou ainda que percebe o nervosismo da direita ao criticar a esquerda de impedir o normal funcionamento da assembleia. Mas Mota Amaral, que já foi presidente do parlamento, considera que não aqui qualquer bloqueio.
O Jornal de Negócios escreve, na edição desta terça-feira, que esta noite há uma reunião decisiva para a definição de um acordo à esquerda. É uma reunião entre representantes do PS e do PCP para resolverem pontas.
O debate estará centrado no modelo de apoio do PCP a um eventual governo socialista, na definição em concreto do grau de envolvimento dos comunistas.