Mais de dez milhões de portugueses foram chamados a votar na escolha dos 230 deputados à Assembleia da República.
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Para o diretor-geral da TSF e comentador de política nacional, Domingos de Andrade, o líder do Chega quer vergar a coluna de Luís Montenegro.
O secretário-geral da CGTP vê com “preocupação” o resultado das eleições do passado domingo.
“Não esquecemos o tempo da troika com o PSD ao leme do Governo e as repercussões que isso teve para os trabalhadores: retirada de direitos e ataques aos salários e pensões”, diz Tiago Oliveira, em declarações à TSF.
Tiago Oliveira sublinha ainda que “os problemas que estavam em cima da mesa e que preocupavam os trabalhadores antes do dia 10, no dia 11 não desapareceram” e, por isso, as reivindicações vão continuar.
Domingos Andrade defende ainda que o Presidente da República terá mesmo de convidar Montenegro a formar Governo, mas tem uma tarefa difícil entre mãos.
O Presidente da República começa esta terça-feira a ouvir os partidos e coligações que elegeram deputados nas eleições de domingo, um processo de auscultação que se inicia com o PAN e termina no dia 20 com a AD.
Segundo anunciou a Presidência na segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa vai receber já esta terça-feira o PAN, na quarta-feira o Livre, na quinta-feira a coligação CDU (PCP/PEV), na sexta-feira o BE e no sábado a Iniciativa Liberal.
Na próxima semana, será a vez de ouvir no dia 18 o Chega, no dia 19 o PS e no dia 20 a Aliança Democrática (AD), coligação que juntou o PSD, o CDS-PP e PPM.
O antigo ministro da Administração Interna do Governo liderado por Francisco Pinto Balsemão, Ângelo Correia, considera que a vitória que a AD conseguiu este domingo nas eleições "foi meramente matemática" e não acredita que esta legislatura dure muito tempo, deixando a decisão de acordos com o Chega para a direção do PSD.
O líder do Chega, André Ventura, está à espera de um sinal para negociar com a Aliança Democrática um acordo para permitir um Governo de minoria encabeçado por Luís Montenegro. Esta segunda-feira à noite na TVI, o representante da terceira força política que elegeu 48 deputados assume que ainda não falou com Montenegro e apenas enviou uma mensagem escrita de parabéns ao vencedor das eleições.
No entanto, André Ventura revela que está a fazer tudo para conseguir um acordo com o PSD.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai começar a ouvir os partidos eleitos para a Assembleia da República esta terça-feira. A ronda começará com o PAN e terminará com a AD no dia 20 de março.
O primeiro partido a ser ouvido é o PAN, às 17h00 desta terça-feira. Com as audiências sempre à mesma hora, Marcelo Rebelo de Sousa vai reunir com um partido por dia. Na quarta-feira é a vez do Livre, enquanto a CDU é ouvida na quinta. Sexta-feira é a vez do Bloco de Esquerda e a Iniciativa Liberal apresenta-se ao Presidente da República no sábado. Depois de uma pausa no domingo, o Chega fala com o chefe de Estado na segunda-feira e na terça é a vez do PS. A ronda conclui-se na quarta-feira, dia 20, com a AD.
O Comité Central do PCP reúne-se terça-feira e vai analisar os resultados eleitorais das legislativas de domingo, nas quais o partido perdeu dois deputados, sendo as conclusões da reunião apresentadas na quarta-feira pelo secretário-geral comunista.
O antigo presidente da Assembleia da República (AR) Eduardo Ferro Rodrigues disse esta segunda-feira que ficou esclarecido com o "não é não" de Luís Montenegro a uma coligação com Chega e considerou que Marcelo Rebelo de Sousa só tem uma solução: nomear o líder da AD primeiro-ministro.
O secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos de Professores, Pedro Barreiros, garante à TSF que "as reivindicações vão continuar" e admite que está disponível para voltar a reunir com o futuro Governo.
"Esperamos que agora exista coerência e compromisso daquilo que foi afirmado ao longo dos dias. Da nossa parte, total disponibilidade para voltar a apresentar as propostas", disse.
Também o presidente da Fenprof, Mário Nogueira, sublinha que o sindicato vai "privilegiar a negociação" e esclarece: "Não andámos a lutar contra o Governo anterior, mas sim pela resolução de problemas."
A subida do Chega levou a que o partido ganhasse mesmo o distrito mais a sul. Em 2022, Faro deu a maioria absoluta ao PS com quase 40% dos votos, mas desta vez voltou à direita e ganhou nos concelhos com mais eleitores.
Em declarações à TSF, o sociólogo João Eduardo Martins explica que "o Algarve tem as suas especificidades" e traça uma região com "uma economia baseada na monocultura do turismo" e com "uma taxa de pobreza superior à média nacional".
"Há um sentimento de abandono e de promessas não satisfeitas", nota.
Portugal não terá um "Governo como estamos habituados", alertou este domingo António Lobo Xavier. Os resultados da noite eleitoral estiveram em debate no programa O Princípio da Incerteza, da TSF e CNN Portugal, tendo os comentadores antecipado um período de “instabilidade”.
Tanto polícias como médicos aguardam “com expectativa” a nomeação do novo Governo para darem continuidade à luta pela resolução dos problemas dos setores.
“Iremos, obviamente, num primeiro passo abordar o próximo Governo nomeado pelo Presidente da República, no sentido de demonstrar aquilo que andamos a dizer há muito tempo”, declara, em declarações à TSF, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia.
Paulo Santos não exclui a possibilidade dos protestos das forças de segurança continuarem, mas garante que a PSP vai obedecer às novas regras dadas pelo futuro executivo.
A imprensa europeia em Bruxelas destaca esta segunda-feira a ascensão da extrema-direita em Portugal nas eleições legislativas de domingo, com "nova vaga dos populistas", apontando que a viragem à direita, que venceu os socialistas, é feita com instabilidade parlamentar.
Também o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos não antecipa “um grande período de paz” face à situação que se vive no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Para Jorge Roque da Cunha, o SNS tem de ser “um fator de união e de convergência dos vários partidos” e o Governo tem de tomar decisões.
O eurodeputado Paulo Rangel, em declarações à TSF, acredita que "em múltiplas matérias" os partidos vão ter de "formar maiorias", até porque, sublinha, quando há um governo minoritário "há voto a voto" decisões a tomar para as leias passarem.
Já a socialista Alexandra Leitão, também ouvida pela TSF, lembra que o PS “é uma alternativa à AD” e, como tal, “ninguém espera que seja o PS o suporte de um governo minoritário da AD”.
Em declarações à TSF, o antigo dirigente do CDS-PP Manuel Monteiro não escondeu a alegria de ver os centristas de regresso ao Parlamento, mas confessa algum receio pelo futuro.
“Eu espero que acrescente muito para a defesa de um pensamento democrata, cristão e conservador, mas creio com sinceridade que precisamos de ponderar muito mais o que aconteceu, quem votou em quem, para depois se responder de uma forma mais plena às perguntas que inevitavelmente já se fazem e se farão nos próximos dias”, disse.
“Hoje há uma nova realidade da informação e da comunicação chamada redes sociais. E há redes sociais que têm mais audiência e mais seguidores que muitos jornais, muitas rádios e muitas televisões em Portugal. Nós continuamos fechados numa bolha”, acrescentou.
Manuel Monteiro considerou ainda que os resultados desta noite podem ser o princípio de algo que terá consequências nos diferentes atos eleitorais, "nomeadamente nas europeias".
O presidente do PSD, Luís Montenegro, vai agora dizer ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que está pronto para iniciar a governação e "respeitar a palavra do povo português" para mudar de Governo e de políticas. Espera, por isso, que o PS e o Chega não sejam coligação negativa contra o seu Governo.
"Compreendo que o PS não se reveja no programa de Governo que vamos apresentar, é normal. O PS foi alternativa à AD nesta campanha. Há várias divergências do ponto de vista de políticas públicas fundamentais. O que se pede ao PS é que respeite a vontade do povo português e é nessa lógica que a minha mais firme expectativa é que o PS e o Chega não impeçam o Governo que os portugueses quiseram", acrescentou Montenegro.
Os votos ainda não estão todos contados, mas quase. Só faltam os da emigração. Consulte aqui todos os resultados e acompanhe os que ainda faltam em tempo real.
O líder do partido Alternativa Democrática Nacional (ADN), e cabeça de lista por Lisboa nestas eleições legislativas, defendeu este domingo que o partido foi "o grande vencedor da noite" ao conseguir mais de 99 mil votos.
"Parabéns ao ADN, que foi o grande vencedor da noite. O ADN hoje já venceu", disse Bruno Fialho, num discurso feito por volta das 00:15, na sede de campanha do partido, em Lisboa, imediatamente aplaudido pelos cerca de 15 apoiantes presentes.
O presidente do PSD, Luís Montenegro, vê os resultados desta noite eleitoral como uma "prova de vitalidade e tolerância democrática" do povo português e garante que assumirá os compromissos que estabeleceu na campanha eleitoral, descartando qualquer acordo com o Chega.
"Assumi dois compromissos na campanha eleitoral e naturalmente que cumprirei a minha palavra. Seria tamanha maldade seria incumprir compromissos que assumi de forma tão clara", esclareceu Montenegro.
Acompanhado pela mulher, depois de fazer o V de vitória e gritar por Portugal, Montenegro disse parecer "incontornável que a AD ganhou as eleições e o PS perdeu", mas prometeu "privilegiar mais o diálogo" e concertação entre os vários líderes e partidos.
"O meu compromisso é no respeito pela vontade hoje expresso pelo povo português de cumprir a mudança com um novo Governo e novas políticas. Sabemos que o desafio é grande, sabemos que vai exigir grande sentido de responsabilidade a todos, que vai exigir grande capacidade de diálogo e tolerância democrática, mas em respeito pela vontade livre do povo português temos de dar ao país novas políticas e cumprir a base do programa. Tal como afirmei na campanha eleitoral há todas as condições para acreditarmos em Portugal e nos portugueses. É possível que a nossa economia possa crescer mais e pagar melhores salários para que os jovens não tenham de emigrar", afirmou o presidente do PSD.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, admitiu a derrota e garantiu que o partido será oposição, mas "não vai suportar um Governo da AD".
"O PS será oposição. Seremos oposição, renovaremos o partido e procuraremos recuperar os portugueses descontentes com o PS, essa é a nossa tarefa daqui para a frente", afirmou Pedro Nuno.
O socialista também não ignorou o resultado "muito expressivo" do Chega.
"Não há 18,1% de portugueses votantes racistas ou xenófobos em Portugal, mas há muitos portugueses zangados, que sentem que não têm tido representação e que não foi dada resposta aos seus problemas concretos. Querremos mostrar-lhes que as soluções para os problemas concretos das suas vidas passam pelo PS e não pelo Chega ou pela AD. Trabalharemos no futuro para mostrar, para conseguir convencer e voltar a ter connosco todos aqueles que estão descontentes com a política e com o PS", garantiu o líder do PS.
A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, acusou Marcelo Rebelo de Sousa de reiteradamente levar o país para ciclos eleitorais, "ainda por cima com o crescimento da extrema-direita".
"Ainda que a AD tenha vencido as eleições do ponto de vista matemático, não nos podemos esquecer que estamos num contexto muito fragilizado e esperemos que Luís Montenegro não ceda à tentação de dar a mão ao Chega", diz a líder do PAN.
O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, começou por felicitar a AD pela vitória e agradecer a todos os liberais do país.
"Crescemos em votação, crescemos em percentagem, mantivemos o grupo parlamentar e consolidamo-nos como quarta força nacional", disse o presidente da IL, dizendo que o partido está no caminho fazer de Portugal "mais liberal".
O líder liberal diz que é preciso esperar pela "clarificação dos cenários" e, "com a mesma coragem", nos cenários que se venham a colocar, "não será pela IL que não haverá um Governo estável".
"Estamos disponíveis para uma solução, excluindo aqueles que sempre excluímos", disse Rui Rocha, sem nunca referir o Chega.
O presidente do Chega, André Ventura, diz que ainda não se sabe como é que "esta noite vai ficar na História", mas reitera que "esta é a noite em que acabou o bipartidarismo em Portugal".
"O Chega ultrapassou historicamente um milhão de votos em Portugal", realça o líder da extrema-direita, dizendo que "é uma vitória que tem de ser ouvida no Palácio de Belém, onde o Presidente da República tentou à última hora condicionar o voto dos portugueses".
André Ventura lamenta-se por o Chega ser "o partido mais perseguido" no país, acusando jornalistas e comentadores de tentarem descredibilizar o partido, apontando também o dedo às empresas de sondagens.
"Na terra de Aníbal Cavaco Silva, em Boliqueime, o Chega venceu as eleições, por isso, Cavaco, aparece mais vezes", ironiza.
Realçando o facto de o Chega ter sido o partido mais votado em Faro, André Ventura pede que o país tire as conclusões: "O nosso grande adversário, o PS, perdeu estas eleições. O PSD, coligado com o CDS, ficará igual ou pouco acima do que teve Rui Rio em 2022. Por isso, só há um dado de crescimento nestas eleições. O Chega quadruplicou os resultados eleitorais."
Quanto à governabilidade, Ventura diz que "há uma maioria clara com o Chega e o PSD", independentemente de quem vença. "Só um líder e um partido muito irresponsável deixará o PS governar quando temos na mão a possibilidade de fazer um governo de mudança", analisou, dizendo que o Chega "pediu para ser uma peça central e conseguiu".
"Nós encetaremos todo o esforço possível para ter um governo alternativo ao PS nos próximos anos. Desta vez, o povo pediu à direita para governar. O nosso mandato é para governar Portugal nos próximos quatro anos", disse.
O líder do Chega diz que o país fez "um ajuste de contas a História pós-25 de Abril", ao reduzir a "extrema-esquerda à insignificância", dizendo que esses partidos "sequestraram" instituições e redações.
"Claro que o PSD pode não o fazer e ceder ao PS como sempre fez. Mas digo-vos que está escrito nas estrelas que esta força nacional, não sei se daqui a seis meses, a um ano ou a dois, vai mesmo vencer as eleições", afirma.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, destacou que o "BE resistiu", aumentou o número de votos em relação às últimas eleições legislativas e garantiu que o partido fará parte de "qualquer solução que afaste a direita" do Governo.
"O BE, com esta campanha, com a vossa energia, manteve-se firme nestas eleições e estamos cá para apresentar esse resultado. Mais votos: cerca de 30 mil votos, mantemos todos os mandatos, teremos um grupo parlamentar na Assembleia da República. Aqui estamos e faremos exatamente o que dissemos que íamos fazer. Seremos parte de qualquer solução que afaste a direita do Governo. Sabem que contam connosco. Levamos a sério a campanha que fizemos, levamos a sério a confiança que cada uma destas pessoas depositou em nós", assegurou Mortágua.
O presidente do partido de extrema-direita espanhol Vox, Santiago Abascal, felicitou os portugueses e o líder do Chega, André Ventura, pelos resultados das eleições de hoje, numa altura em que ainda não é conhecido o vencedor do sufrágio.
"Parabéns aos nossos vizinhos e amigos portugueses. Parabéns André Ventura por esse excelente resultado", afirmou Abascal na rede social X.
O fundador do Livre, Rui Tavares, diz que estas eleições deixam o país "ainda na incerteza", porque não é claro que maiorias se podem formar nos próximos meses, mas mostram que "há espaço para a esquerda verde europeia" em Portugal.
"O Livre, com um grupo parlamentar e sendo um dos poucos partidos que cresceu, vai trabalhar muito para servir o país. A partir dos distritos onde elegeu, representar todo o país e a diáspora. O país antes do partido, as pessoas antes dos cargos", disse o coporta-voz do Livre.
O líder do CDS, Nuno Melo, começou por saudar a "muito positiva" adesão dos portugueses às urnas e afirmou que, com os resultados que há até ao momento, "a AD venceu as eleições". Mostrou-se também feliz com o regresso do seu partido à Assembleia da República e destacou a "clamorosa derrota do PS", que passa de uma maioria absoluta para um resultado "inferior a 30%".
"O PS perdeu as eleições. É um momento histórico para o meu partido que é, em si mesmo, um partido histórico. O CDS voltou à Assembleia da República, de onde nunca devia ter saído. Luís Montenegro soube estar à altura dos tempos e das suas circunstâncias", afirmou Nuno Melo.
Por fim, o líder do CDS destacou que é "muito importante" assegurar condições de governabilidade para que todos "estejam à altura das suas responsabilidades".
"Na AD estaremos à altura das nossas responsabilidades", garantiu o líder do CDS.
O dirigente do BE Fabian Figueiredo assegurou este domingo que os cinco deputados eleitos pelo partido "farão parte de qualquer solução que se avizinhe sendo possível", comprometendo-se a um "combate sem quartel às políticas da direita".
O penúltimo círculo a fechar é Setúbal, onde o PS foi o partido mais votado, com 31,27% dos votos, elegendo sete deputados. Em segundo lugar ficou o Chega, com 20,31% e quatro mandatos.
A AD, com 17,17%, também elegeu quatro deputados. CDU (7,73%), Bloco de Esquerda (6,00%), Iniciativa Liberal (5,36%) e Livre (4,29%) conseguiram eleger um deputado.
O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, destacou este domingo o "reforço da confiança dos madeirenses e dos porto-santenses" na coligação liderada pelos social-democratas, que elegeu três deputados à Assembleia da República, e sublinhou que "uma vez mais rejeitaram o socialismo".
"Cumprimos todos os nossos objetivos. Elegemos três deputados, tivemos uma grande vitória na região e uma vitória expressiva, visto que o número de votos na nossa coligação [Madeira Primeiro -- PSD/CDS-PP] superou as nacionais de 2015, de 2019 e de 2022", afirmou Miguel Albuquerque.
O líder social-democrata madeirense falava num hotel, no Funchal, onde se reuniu a candidatura da coligação PSD/CDS-PP pelo círculo eleitoral da Madeira, que venceu as eleições na região autónoma com 35,38 % (52.992 votos), de acordo com os resultados totais provisórios divulgados pelo Ministério da Administração Interna.
O Chega foi um dos vencedores das eleições legislativas, passando de 12 deputados para 43, numa altura em que faltavam 15 freguesias por apurar.
O secretário-geral da CDU, Paulo Raimundo, culpou o Partido Socialista pela promoção da política da direita e também o PSD por "favorecer o discurso demagógico do Chega", ambos projetos de "ataque aos trabalhadores" e que, para o comunista, degradam os serviços públicos em nome do negócio privado em áreas como a saúde e habitação.
"O resultado da CDU, com a redução da sua representação parlamentar, significa um desenvolvimento negativo, mas constitui uma expressão de resistência. Os trabalhadores e o povo podem contar com a CDU com a coragem de sempre para afirmar os valores de Abril para a construção de um Portugal de progresso e soberano", garantiu Paulo Raimundo.
A AD venceu o círculo eleitoral do Porto, com 30,41% dos votos, e conquistou 14 deputados no segundo maior do país. Em segundo lugar, o PS (30,32%) teve menos 1012 votos do que a coligação, elegendo 13 deputados.
O Chega foi a terceira força política, com 15,33%, obtendo sete mandatos. Iniciativa Liberal (5,74%) e Bloco de Esquerda (4,66%) elegeram dois deputados, enquanto Livre (3,35%) e CDU (2,38%) conquistaram um mandato.
A deputado única do PAN, Inês Sousa Real, foi eleita por Lisboa e deverá continuar assim. Com sete freguesias por apurar, a líder do partido conseguiu eleger-se. Era a única líder dos partidos com assento parlamentar que faltava ter lugar na Assembleia da República.
António Costa, acabado de chegar à sede de campanha do PS, saudou os portugueses pela "redução muito significativa" da abstenção.
"Neste momento, os resultados quase finais são menos claros do que as projeções iniciais (...) Tudo indica, neste momento, que não é provável que se saiba hoje o resultado final", afirma o primeiro-ministro. Ainda assim, António Costa alerta que ainda há muitas freguesias grandes por apurar.
António Costa reconhece que há "uma grande descida" do número de votos no PS, mas que a AD terá um resultado semelhante do PSD somado ao CDS-PP de 2022. O destaque do socialista é o grande aumento do Chega.
"Os próximos tempos permitirão com serenidade olhar para os votos do Chega e ver o que há ali de voto estrutural e o que há de voto de protesto", afirma.
O antigo líder socialista considera que os dois partidos "do centro democrático" devem refletir sobre os resultados do Chega.
Sobre o futuro do PS, António Costa diz que isso cabe ao secretário-geral e à direção: "Eu sou militante de base."
O primeiro-ministro recorda que, quando Pedro Nuno Santos foi eleito secretário-geral do PS, tinha dito que nenhum líder que entrasse nesse momento teria a obrigação de vencer as eleições e assume: "Se for preciso um responsável pela derrota, cá estou eu."
Ana Catarina Mendes diz que, "a confirmarem-se as projeções", o PS deve "ser oposição" e deve estar "vigilante" perante aquilo que considera que "não será bom para o país".
Relativamente a cenários de governabilidade, a candidata socialista por Setúbal recusa comentar, preferindo esperar pelos resultados finais.
O Livre conquistou pela primeira vez um grupo parlamentar. Além de Rui Tavares, até agora deputado único, que foi eleito por Lisboa, Jorge Pinto também já foi eleito pelo círculo eleitoral do Porto, prevendo-se que possa haver ainda mais deputados do partido na Assembleia da República.
O Chega venceu as eleições legislativas deste domingo no distrito de Faro, com 27,19% dos votos, e elegeu três dos nove deputados, sendo o primeiro distrito que o partido ganha.
Em 2022, o Chega tinha alcançado 12,30% dos votos e um deputado em Faro, ficando como terceira força, atrás do PS e do PSD.
Nas eleições de hoje, o PS passou para o segundo lugar, com 25% dos votos e a coligação PSD/CDS/PPM ficou em terceiro, elegendo cada um três deputados naquele distrito.
O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros João Gomes Cravinho quer aguardar pelos resultados finais, mas a partir das projeções conclui que "Portugal sai mais frágil destas eleições".
"O PS é uma promessa sempre para o futuro do país, seja agora, daqui a seis meses, um ano ou dois. Podem contar com o PS", afirmou Cravinho.
O PS foi o partido mais votado em Coimbra, com 32,67% dos votos, conquistando assim três deputados por esse círculo eleitoral.
A AD ficou na segunda posição, com 30,58%, e elegeu três deputados, enquanto o Chega, com 15,46%, elegeu dois.
O Chega foi o partido mais votado no círculo eleitoral de Faro, com 27,19% dos votos, e elegeu três deputados.
No entanto, o PS (25,46%) e a AD (22,39%) também conquistaram três deputados cada um no círculo eleitoral mais a sul de Portugal continental.
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, chegou à sede de campanha do PS este domingo à noite para "dar um abraço fraterno e solidário ao meu camarada" Pedro Nuno Santos.
"Quando o PS ganha, ganhamos todos. Quando o PS perde, perdemos todos", afirmou Carneiro, que disputou com Pedro Nuno Santos as últimas eleições internas do partido.
Além disso, o ministro deixou também uma "palavra de reconhecimento" pela redução da abstenção neste ato eleitoral.
"Deram provas de uma grande vitalidade da nossa democracia. A participação eleitoral mostra mesmo isso, uma das maiores participações eleitorais de sempre", acrescentou o socialista.
As primeiras projeções das televisões não apontam para um vencedor claro, com a Aliança Democrática e Partido Socialista a surgirem, por vezes, empatados dentro da margem de erro. Para ficar a parte dos resultados, acompanhe em tempo real na TSF a contagem dos votos.
A AD foi a mais votada no círculo eleitoral de Vila Real, com 39,33% dos votos e obteve dois deputados, o mesmo número de mandatos eleitos pelo PS (29,60%). O Chega, com 17,11% dos votos, conseguiu eleger um deputado.
O PS foi o partido mais votado no círculo eleitoral de Castelo Branco, com 34,22% dos votos, conseguindo eleger dois deputados. Os outros dois deputados do círculo foram divididos por AD (28,45%) e Chega (19,52%).
O hotel Epic Sana Marquês, que este domingo está a ser a sede da noite eleitoral da Aliança Democrática, foi atacado com tinta vermelha por ativistas climáticos. Logo após o ataque, os ativistas foram detidos pela PSP.
Mais círculos eleitorais fechados. Os eleitores de Bragança deram a vitória à AD, com 40,01% dos votos, e elegeu dois deputados, frente aos 29,64% do PS que deu para um mandato.
Na Guarda, a AD (34,12%) também saiu com mais votos do que os restantes, mas elegeu o mesmo número do do PS (31,86%) e do Chega (18,59%): um deputado.
O ainda ministro das Finanças, Fernando Medina, diz que a contagem de votos mostram uma "luta renhida" e pede para esperar pelo "andar da noite".
No entanto, "confirmando-se as projeções", Medina parabeniza a vitória da AD e saúda o decréscimo da abstenção, mas mostra-se preocupado com o crescimento do Chega.
O ministro diz que Pedro Nuno Santos fez "uma grande campanha". Ainda assim, O socialista aponta que o resultado projetado da AD é inferior aos de Pedro Passos Coelho em 2011 e 2015.
O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, foi este domingo eleito deputado à Assembleia da República, pela Aliança Democrática, no círculo eleitoral do Porto, que dita também o regresso dos centristas ao Parlamento após um hiato de dois anos.
Os antigos líderes do BE, Francisco Louçã e Catarina Martins, estão esta noite no quartel-general bloquista para acompanhar a noite eleitoral, que recebeu com palmas a coordenadora Mariana Mortágua, mas sem qualquer manifestação quando foram conhecidas as projeções.
Ainda antes de serem conhecidas as projeções, a líder do BE, Mariana Mortágua, foi recebida com palmas na sala do Fórum Lisboa, onde os bloquistas vão acompanhar toda esta noite eleitoral, numa altura em que a antecessora no cargo, Catarina Martins, falava aos jornalistas à entrada.
Quando as três televisões dispostas na sala deram conta das projeções de RTP, SIC e TVI, os presentes na sala olhavam com atenção para os resultados que foram aparecendo, mas sem qualquer manifestação em particular.
O primeiro círculo eleitoral a fechar foi Beja e com uma novidade: a CDU, historicamente forte na região, perdeu o único deputado que tinha e não elegeu.
O PS foi o partido mais votado, seguido de Chega e AD, mas, apesar das diferenças, o resultado prático foi igual para os três: um deputado por cada partido/coligação.
O histórico dirigente do PS Manuel Alegre considera que as previsões "não são clarificadoras", mas admite que o Partido Socialista "deve preparar-se para ser oposição" e criar uma "alternativa para as próximas eleições".
"Era uma situação muito adversa e difícil para o PS pela forma como saiu do Governo, o desgaste natural de oito anos, dois anos muito difíceis, a inflação e a guerra na Ucrânia, tudo isso. Era uma situação difícil. O PS e o Pedro Nuno fizeram uma boa campanha e o resultado, nas condições em que as eleições foram disputadas, é honroso para o PS. Continua a ser um grande partido nacional, senão o maior", afirmou Manuel Alegre.
Pelo PS, João Torres começou por saudar a descida da abstenção, mas refere que aind há "um longo caminho a fazer" para que desça para números melhores.
O dirigente socialista agradeceu ainda às pessoas que tornaram que as eleições decorressem da melhor forma, além de agradecer a todos os eleitores, especialmente a quem votou no PS.
Sobre as projeções, João Torres admite que, confirmando-se os resultados, ficam "aquém" dos objetivos socialistas, mas "é a democracia". Ainda assim, o socialista pede para que se aguarde pelos resultados.
"Independentemente do resultado eleitoral, hoje abre-se um novo ciclo no PS", conclui.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, deslocou-se este domingo ao hotel onde decorre a noite eleitoral da AD para "dar um abraço" ao presidente do PSD, Luís Montenegro, e família, declarando-se "muito confiante".
"Este sítio específico traz-me grandes recordações da minha vida política, e por isso aqui estou esta noite, sobretudo para dar um abraço ao Luís, à família do Luís", declarou o autarca do PSD, ao chegar ao hotel onde também decorreu a noite eleitoral da sua campanha vitoriosa nas autárquicas de 2021.
Carlos Moedas saudou a previsível redução da abstenção, considerando que "é um excelente sinal para a democracia", e declarou-se "muito confiante" quanto aos resultados da Aliança Democrática (AD), coligação entre PSD, CDS-PP e PPM, nas eleições legislativas antecipadas de hoje.
Pelo PAN, a porta-voz Inês Sousa Real agradeceu a todos os que votaram e estiveram nas mesas de voto. Sobre as projeções diz que têm "uma grande amplitude" e, por isso, pede para aguardar.
Ainda assim, mantém a esperança de eleger um grupo parlamentar. Relativamente à governabilidade, Inês Sousa Real garante que "não renuncia às suas causas" e não estará disponível para viabilizar um Governo que não as garanta.
João Frazão, da comissão política do PCP, recusa falar em derrota e vê as projeções como uma confirmação da "ideia de resistência da CDU", sublinhando que os trabalhadores e o povo sabem que podem contar com esta coligação na Assembleia da República, na rua e nas empresas para defender os salários, as pensões, a educação e a saúde.
"Estaremos cá para verificar, ao longo da noite, quais serão os resultados, mas há uma coisa que é certa: a CDU amanhã estará em todos o lado a defender os salários e as pensões de todos, a saúde e a habitação porque é isso que conta para a vida das pessoas. Cá estaremos para enfrentar a política de direita e os projetos reacionários. Cá estaremos, com a coragem que nos caracteriza. Temos esta vantagem de ter um património de história que aponta sempre para o futuro, para defender os interesses do povo, dos trabalhadores e da juventude", argumentou João Frazão.
Os primeiros quatro deputados eleitos nestas eleições legislativas ficaram divididos entre a AD e o PS. Pela coligação, foram eleitos Hugo Soares (Braga) e António Leitão Amaro (Viseu), enquanto os primeiros socialistas foram Elsa Pais (Viseu) e José Luís Carneiro (Braga).
O secretário-geral do PSD e cabeça de lista da Aliança Democrática pelo distrito de Braga, Hugo Soares, foi a primeira voz da AD a reagir às projeções e mostrou-se satisfeito com o "grande sentimento de mudança no país" e a derrota pesada da esquerda.
"Aquilo que os resultados aparentemente projetam nesta altura é um dos piores resultados de sempre da esquerda. Encaramos estas projeções com grande tranquilidade, serenidade, mas também com muita confiança", rematou Hugo Soares.
À chegada à sede de campanha do Chega, André Ventura diz que este é um "resultado absolutamente histórico" para o partido.
"A confirmarem-se as projeções, hoje é o dia em que se assinalo o fim do bipartidarismo e tudo indica que haverá uma maioria à direita forte para governar Portugal", diz o presidente do Chega.
André Ventura garante estar disponível "para dar um governo a Portugal", garantindo ter "mais razão" para exigir que o Chega integre um governo da AD: "Não há nenhum país em que uma parte da maioria que tenha cerca de 20% dos votos não entre no governo."
Ainda assim, André Ventura pede para esperar pelos resultados, porque "podem surgir outras maiorias".
Cerca de 51,96% dos eleitores inscritos nas eleições legislativas deste domingo tinham votado até às 16h00, segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI).
As primeiras projeções das televisões não apontam para um vencedor claro, com AD e PS a surgirem, por vezes, empatados dentro da margem de erro. A projeção da RTP/Católica indica que a Aliança Democrática está na frente, com 29 a 33% dos votos, podendo ter entre 83 a 91 mandatos, seguindo-se o PS com entre 25 a 29% dos votos, elegendo entre 69 e 77. Em terceiro lugar surge o Chega, com 14 a 17% dos votos e 40 a 46 mandatos e a IL em quarto, entre 5 a 7%.
O Bloco de Esquerda alcança entre 4% e 6%, o Livre entre 3% e 5%, a CDU 2% e 4%, o PAN entre 1,5% e 2,5% e a ADN entre 0,5% e 1,5%.
Já a projeção da TVI/CNN dá também vitória à Aliança Democrática com entre 28,0% e 33,0% dos votos, seguindo-se o PS, com entre 24,5% e 29,5%.
O Chega mantém-se como terceira força política, com entre 16,6% e 21,6% dos votos, seguido da Iniciativa Liberal (entre 3,3% e 6,3%), Bloco de Esquerda (entre 3,0% e 6,0%), CDU (entre 2,3% e 5,3%), Livre (entre 2,2% e 5,2%) e PAN (entre 0,8% e 2,8%).
A SIC avança com uma vitória da AD que pode chegar dos 27,6 aos 31,8%, cruzando-se com o intervalo dos votos do PS, entre os 24,2 e os 28,4%. O Chega, que será a terceira força política, anda pelos 16,6 e os 20,8%.
Depois do partido de André Ventura segue-se a Iniciativa Liberal (entre 4,1% e 7,3%), Bloco de Esquerda (entre 3,2% e 6,4%), Livre (entre 2,3% e 4,9%), CDU (entre 1,3% e 4,5%), e PAN (entre 0,5% e 3,1%).
Por fim, projeção dos resultados eleitorais divulgada pela CMTV dá vitória à AD nas eleições legislativas com 27,2 a 33,2% dos votos, seguindo-se o PS, com 23,8 a 29,8% dos votos.
Em terceiro lugar surge o Chega, com 15,6 a 20,6% dos votos.
A primeira reação surgiu pelo Chega. Pedro Pinto realça o "grande resultado" do partido e garante que "a esquerda não vai governar".
"Já percebemos que o Chega vai, no mínimo, dobrar a sua votação", diz o deputado do Chega, dizendo que é "um grande resultado" e que o partido "é o que mais sobe".
Pedro Pinto garante que o partido está satisfeito e diz que já é garantido que "a esquerda não vai governar Portugal".
Questionado sobre o "não é não" de Luís Montenegro, Pedro Pinto recusou comentar cenários e apontou essa reação para quando houver resultados finais.
À chegada ao hotel Altis, onde o PS vai acompanhar a noite eleitoral, Pedro Nuno Santos diz que "é um dia muito importante", onde se escolhe "quem vai governar": "É um grande dia."
Dizendo que "as urnas ainda estão abertas" e pedindo "calma", o secretário-geral do PS diz que haverá muito tempo para falar.
"Estou contente porque a campanha acabou e porque é um dia em que se vota", concluiu.
O presidente do PSD saudou este domingo o aparente aumento da participação nas legislativas e disse estar confiante e preparado para todos os cenários "desde a primeira à última hora".
Luís Montenegro chegou cerca das 18:30 ao hotel no centro de Lisboa onde a AD vai acompanhar a noite eleitoral e, questionado sobre os dados da participação nas eleições, considerou que parecem ser "um bom sinal".
Pedro Delgado Alves, do PS, considera que as projeções da abstenção são "uma nota de satisfação" e agradeceu às pessoas que estiveram nas mesas de voto.
O Chega diz estar satisfeito com a adesão dos portugueses nestas eleições legislativas. Rui Paulo Sousa considera que os portugueses "sentiram" a necessidade de votar.
A TSF desdobra, a partir das 20h15 deste domingo, a emissão em duas: nas frequências FM da Rádio pode acompanhar tudo sobre a noite eleitoral que elege os 230 deputados para a nova legislatura.
A projeção RTP/Católica para a abstenção aponta para uma taxa entre os 32% e os 38%. A confirmar-se, significa que será a maior afluência às urnas em Portugal dos últimos 20 anos.
Já a projeção da TVI/CNN aponta para um intervalo entre os 40,5% e os 46,5%, o que seria o valor de abstenção mais baixo desde 2009, ano em que ficou nos 40,3%.
Pelo PSD, Margarida Balseiro Lopes agradeceu a todos os membros das mesas de voto que asseguraram que o dia decorresse dentro da maior normalidade.
A social-democrata garantiu que no quartel-general da AD reina o otimismo e diz que as projeções da abstenção mostram um sinal muito positivo para a democracia.
Dados do Ministério da Administração Interna mostram que este domingo há uma maior afluência às urnas face às legislativas de 2022.
Cerca de 25,21% dos eleitores tinham votado até às 12h00.
Em 2022, a abstenção foi de 48,53%.
O líder do CDS e segundo cabeça de lista pela Aliança Democrática no Porto, Nuno Melo, garantiu que não tem ainda nenhuma discurso preparado. Vai aguardar os resultados e só depois, consoante a "vontade expressa pelo povo", falará.
"Espero que a vontade venha de feição, não faço ideia. Essa experiência leva-me a ter a precaução básica de esperar pelos resultados antes de fazer comentários. Não preparei discurso nenhum, vamos aguardar os resultados serenamente. Estou muito confiante em relação à vontade popular. O que a Aliança Democrática fez e o que sentimos na rua leva-nos a querer que alguma coisa importante para o país vai acontecer, mas não comento por antecipação, vamos aguardar. Não comento mais nada", afirmou Nuno Melo.
O presidente do PS, Carlos César, considera que houve "alguma permissividade" por parte da Comissão Nacional de Eleições no caso da polémica entre siglas de partidos no boletim de voto, mas destaca que estas eleições "decorreram razoavelmente bem", com elevada participação dos portugueses.
"Quando assim acontece é sempre uma boa notícia para a democracia. Há a necessidade de os organismos que têm de acompanhar os atos eleitorais estarem num estado de prontidão absoluta", afirmou Carlos César.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) afirmou este domingo que os nomes dos partidos e coligações não devem ser abordados nem discutidos em dia de eleições, "sob pena de tal questão poder consagrar uma violação da lei eleitoral".
"As denominações, siglas e símbolos dos partidos e coligações que constam dos boletins de voto são, como legalmente têm que ser, as que se encontram no registo do Tribunal Constitucional. O tema não deve ser abordado nem discutido em dia de eleições, sob pena de tal questão poder consagrar uma violação da lei eleitoral", disse a CNE em comunicado.
A Aliança Democrática (AD) apelou hoje à Comissão Nacional de Eleições (CNE) para que promova o "voto esclarecido" devido à semelhança de nomes nos boletins, o que tem motivado pedidos de repetição do ato eleitoral.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, disse que a situação reportada pela AD, coligação que junta PSD, CDS e PPM, vai ser analisada "daqui a pouco", sem adiantar mais detalhes: "Em conformidade com a lei eleitoral e com a situação em concreto, iremos obviamente tomar uma posição", garantiu.
Num comunicado dirigido à CNE, a direção de campanha nacional da AD alertou que tem recebido "inúmeros relatos" de pedidos de repetição do voto.
O diretor de campanha nacional da AD, Pedro Esteves, adiantou à Lusa que se registam "muitos relatos em muitas secções de pessoas que se confundem entre dois partidos, neste caso é o ADN e a AD, e pedem para corrigir votos".
O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, Fernando Anastácio, reconheceu que, depois de uma manhã calma "com tudo a correr muito bem", surgiram comunicações de uma das coligações e de um partido político à CNE sobre a eventual confusão entre siglas. Para a CNE, este é um debate fora de tempo e dar visibilidade a este tema pode "evidenciar candidaturas ou partidos em detrimento de outros".
"A Comissão Nacional de Eleições teve a oportunidade de apreciar a questão. A matéria das siglas dos partidos políticos é resolvida no Tribunal Constitucional, que é a entidade competente por tal matéria. A produção do boletim de voto cumpre rigorosamente o que está registado no TC. Hoje não nos parece adequado que um tema deste género seja colocado no debate político porque é suscetível de estar a evidenciar candidaturas ou partidos em detrimento de outros", defendeu Fernando Anástácio.
Assim, a CNE não dá razão a nenhuma das queixas. Nem da Aliança Democrática (AD) nem do Alternativa Democrática Nacional (ADN).
"Todos os partidos tiveram o tempo necessário. Entendemos que os partidos estarem a fazer referência a este tema no dia das eleições é estarem a dar visibilidade aos intervenientes nesta disputa e polémica. Os partidos tinham todo o tempo para fazer este debate antecipadamente, não é no dia das eleições. A CNE pede que haja uma certa acalmia e que não haja práticas que sejam entendidas como violação da lei eleitoral, trazendo um tema que está claramente fora de tempo", alertou o porta-voz da CNE.
Por fim, Fernando Anastácio apelou apenas a que não se interfira no ato eleitoral.
"Os órgãos de comunicação social não devem fazer a divulgação das denominações dos partidos como intervenientes desta polémica. É importante que as eleições decorram de forma correta e que não existam factos que possam ser suscetíveis de violação da lei eleitora", acrescentou.
O PS lamenta que "em dia de eleições" a Aliança Democrática esteja "em campanha eleitoral, violando todas regras da democracia".
"O apelo ao voto em dia de eleições é uma violação grosseira dos deveres democráticos", escreve o PS em comunicado.
O partido lembra que "o teor do boletim de voto era de prévio conhecimento público há semanas", pelo que "nenhum acontecimento superveniente pode justificar os comunicados, partilhas em redes sociais, missivas ou outras ações que hoje têm ocorrido no sentido de clarificar a distinção entre as duas siglas constantes do boletim".
O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) apresentou hoje uma queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) contra a Aliança Democrática (AD), criticando a publicidade através dos meios de comunicação “com a desculpa” de enganos entre ADN e AD.
“A campanha eleitoral serviu para clarificar essas situações, pelo que, usar este subterfúgio ridículo apenas para tentar cativar eleitores a irem votar na AD e denegrir o ADN é inaceitável”, afirmou o partido ADN, em comunicado, acusando a AD de interferência eleitoral.
Neste âmbito, o ADN enviou uma queixa à CNE “devido à publicidade que está a ser feita no voto na AD, através dos meios de comunicação, com a desculpa de que estão a existir enganos entre ADN e AD”.
O primeiro-ministro demissionário, António Costa, votou ao final da manhã em Lisboa, deixando um apelo à população. "Há uma oferta bastante diversificada", lembrou. Questionado sobre como vai acompanhar os resultados eleitorais, o antigo secretário-geral do PS diz "estar naquela sensação do jogador que passa à condição de adepto. "
"Tive ainda a felicidade de assistir a muitos jogos ao lado do Eusébio e hoje percebo melhor o nervosismo que ele tinha quando estava sentado na bancada. Tinha uma toalha que torcia, torcia. Não tenho uma toalha, mas acho que me vou concentrar num puzzle", revelou.
O presidente do Chega já votou numa escola no Parque das Nações, em Lisboa. "Estou muito confiante e otimista. É um dia de mostrar a nossa voz", disse André Ventura.
O líder do partido Chega afirma que "tem tido informação" de uma forte participação eleitoral em muitas mesas de voto e muitos jovens a exercerem o direito de voto.
O secretário-geral do PS surgiu acompanhado pelo filho na assembleia de voto, numa escola em Telheiras, na cidade de Lisboa.
"Este é um dia maior da nossa democracia. É um dos mais importantes da nossa vida coletiva ao qual não devemos falhar", disse aos jornalistas.
Depois de tirar selfies na escola onde exerceu o direito de voto, o líder socialista sublinhou a importância deste ato eleitoral "para o futuro do país". "Somos um partido da democracia. Vemos sempre este dia com entusiasmo, ânimo", garantiu.
O presidente do PSD e líder da Aliança Democrática (AD) votou esta manhã em Espinho e só mais tarde se desloca para a capital, onde irá acompanhar os resultados eleitorais. Luís Montenegro garante que está "tranquilo e otimista" e espera uma grande participação no ato eleitoral.
"Estou muito tranquilo, faço votos de que todo o processo decorra com normalidade. É um dia que deve ser marcado de muita alegria, pela esperança e pelo futuro", disse aos jornalistas.
"Nós temos sempre esta esperança. A minha expectativa haja uma boa participação", afirmou, sublinhando que "houve muito esforço da AD para que a campanha fosse muito esclarecedora".
A porta-voz do PAN apelou à participação de todos os portugueses nas eleições legislativas, sublinhando que é uma "oportunidade para reforçar a democracia" e pedindo que a abstenção não "saia vencedora".
"Eu recordo que fazemos este ano 50 anos em que assinala o 25 de Abril, é uma data por demais importante para que a abstenção saia novamente vencedora. Esta é uma oportunidade para nós reforçarmos a nossa democracia", salientou Inês Sousa Real.
A cabeça lista do PAN por Lisboa falava aos jornalistas depois de ter exercido o seu direito de voto, cerca das 10:40, na Escola Básica 2,3 de Telheiras, em Lisboa.
A coordenadora do Bloco de Esquerda votou esta manhã em Lisboa, onde teve de aguardar dada a afluência naquela assembleia de voto. Mariana Mortágua, sorridente, não se importou de demorar mais algum tempo para exercer o direito de voto.
"Acredito que as pessoas vão votar e votar por convicção. Essa é a mellhor forma de comemorar e de exercermos a democracia que conquistámos há 50 anos", enalteceu, sublinhando que todos devem "celebrar, não só todos os dias, mas em particular, em dia de eleições", disse.
"É díficil prever a abstenção. Eu, pessoalmente, gosto de chegar às mesas de voto e esperar para votar. É um bom sinal."
O líder da CDU, Paulo Raimundo, votou esta manhã em Alhos Vedros, concelho da Moita. Aos jornalistas, o secretário-geral comunista apelou ao voto, uma forma de "afirmar Abril" na perspectiva de um direito que "tanto custou a conquistar".
O porta-voz do Livre também votou em Lisboa. Rui Tavares fala na importância do direito ao voto e do dever de todos "em participar nos destinos do país".
O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, votou esta manhã em Nogueiró, no distrito de Braga. Aos jornalistas, o liberal garante que "chegou o dia" e as "expectativas são as melhores". Para Rui Rocha, "votar é a melhor forma de comemorar" os 50 anos do 25 de Abril.
Bom dia. Abrimos este liveblog para acompanhar tudo sobre as eleições legislativas. Mais de 10 milhões de eleitores são chamados a eleger 230 deputados da Assembleia da República.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou este sábado ao voto nas eleições legislativas que decorrem no domingo, considerando que, nestes momentos de tensões internacionais, ainda é mais importante ir às urnas.
"O que se passará lá fora este ano e nos anos seguintes? Nas eleições americanas, nas eleições europeias, na guerra na Ucrânia, no Médio Oriente, as tensões no Mar Vermelho, a economia mundial e, novamente, a subida dos preços e o aumento dos juros (...) Em tempos de guerra e de insegurança, olhar para estas áreas, é muito importante. Em tempos assim, em que as guerras vieram relançar guerras económicas e comerciais que esperávamos ultrapassadas pelo fim da pandemia, é nestes tempos que importa mais votar", considerou o Presidente da República numa declaração ao país no dia anterior às eleições legislativas.
A votação para as eleições legislativas está "na generalidade do país a acontecer com normalidade", disse à Lusa fonte da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
As mesas de voto para as eleições legislativas abriram hoje às 08:00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19:00.
