Passo Coelho e Montenegro são "duas faces da mesma moeda". Pedro Nuno confiante na vitória
Pedro Nuno Santos mostra-se convencido que o PS, depois de oito anos no Governo, ainda “transmite uma mensagem de esperança”.
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Pedro Nuno Santos afasta o “regresso ao passado” e vê Pedro Passos Coelho e Luís Montenegro como “duas faces da mesma moeda”. Ainda nos Açores, antes de voar para a Madeira, o secretário-geral socialista mostra-se convencido que “vai ganhar as eleições”.
A ida de Passos Coelho ao Algarve para apoiar a Aliança Democrática ainda paira nas conversas socialistas e, depois de ter falado no “espírito” do antigo primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos carrega nas críticas.
“Estamos a conseguir mobilizar o país, para conseguirmos dar esperança ao país. Não queremos regressar ao passado, quando éramos governados por um partido que dizia uma coisa e fazia outra”, disse, no final de uma visita a uma empresa açoriana.
Pedro Passos Coelho admitiu que foi ao Algarve “retribuir o apoio” de Montenegro, durante os tempos da troika, pelo que o socialista lembra que o agora líder social-democrata não era, em 2011, “um dirigente qualquer”.
“Ainda ontem tivemos oportunidade de ver duas faces da mesma moeda em campanha. Prometeram não cortar pensões e não cortar salários, em campanha, e fizeram exatamente o contrário quando chegaram ao poder. Luís Montenegro não era um dirigente qualquer do PSD, era o líder parlamentar, o responsável pelo apoio e pela aprovação das medidas no Parlamento”, acrescentou.
Ao contrário da Aliança Democrática, Pedro Nuno Santos mostra-se convencido que o PS, depois de oito anos no Governo, ainda “transmite uma mensagem de esperança” e “fala para o país todos”. A crítica era dirigida a Luís Montenegro que excluiu os Açores e a Madeira da rota de campanha.
Nos Açores, o PS não teve nenhuma iniciativa de rua, de contacto com a população, mas Pedro Nuno Santos desvaloriza e garante que não tem “medo” do que pensam os portugueses. E o cenário para 10 de março, pelas palavras do socialista, parece estar traçado.
“Qual medo? Nós vamos ganhar as eleições, vamos ganhar as eleições nos Açores e vamos ganhar as eleições no país. Sobre isso não temos a menor dúvida”, atirou.
A comitiva socialista viaja, ao início da tarde, dos Açores para a Madeira, para completar a rota pelas regiões autónomas. Na quarta-feira, a caravana regressa à estrada pelo território continental.