O presidente do PSD acusou o PS de ter "uma retórica infantilizada" sobre a austeridade, dizendo que está a acabar quando, na verdade, está a ser redistribuída com um orçamento restritivo.
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No discurso de encerramento de um congresso que juntou autarcas social-democratas, este sábado, nas caldas da Rainha, o líder dos social-democratas não poupou criticas ao Governo, em particular quanto ao Orçamento de Estado, chegando mesmo a ironizar dizendo que "restritivo é a nova palavra para a austeridade socialista" e que "com o socialismo, não há austeridade", mas sim "orçamento restritivo".
Considerando que o Orçamento do Estado "não passa de uma espécie de intenções", Pedro Passos Coelho acusou o Governo de não "ter sequer capacidade para assumir os compromissos" e de vir ainda acusar o líder do PSD de "andar a manobrar a Europa para pedir mais medidas" de austeridade.
"É uma infâmia", declarou, repudiando "esta maneira de fazer política", que considera resultar "da necessidade de [o Governo] agradar aos partidos de que depende".
O líder do PSD acusou mesmo o PS de se "ajoelhar", perante a Comissão Europeia.
Lembrando o anterior posicionamento do Bloco de Esquerda (BE), em relação ao Syriza, Passos, afirmou que agora "há uma nova retórica" do partido que, "já não se revê" no Governo Grego por ter "ajoelhado na Europa".
E como, por cá, "o BE não ajoelha, que ajoelhe o PS que está no Governo", ironizou, acrescentando que "o PS, até ver, lá vai ajoelhando. E disfarça cada vez que vai ajoelhando dizendo 'não, nós estamos de pé'".