O presidente do PSD diz que a solução governativa que atualmente existe "não tem cimento para durar".
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Passos Coelho, de saída da liderança, disse em Torres Vedras que "está tranquilo quanto ao futuro do partido e do país", por considerar que o Governo de Costa é sustentado em alianças falíveis. "Estou bastante tranquilo quanto ao futuro do partido e do nosso país", disse Pedro Passos Coelho, enquanto discursava na cerimónia de tomada de posse dos órgãos eleitos da distrital do PSD/Oeste.
A solução governativa que existe, com PS a ter o apoio parlamentar do Bloco de Esquerda e do PCP, "não durará sempre, porque ela não tem cimento para durar".
"Tivemos governos com o CDS-PP e, apesar das diferenças entre os dois partidos, tivemos sempre, no essencial, uma afinação muito correta quanto àquilo que era preciso fazer para o país. Nessa medida, a relação que existe entre PSD e CDS-PP é sólida, inspira confiança e a relação que existe entre PS, Bloco de Esquerda e PCP não inspira, porque estão a ver quando é o momento certo para ajustarem contas, porque há sempre contas para ajustar", concretizou.
Por outro lado, considerou que, ao contrário do PS, que historicamente prefere "ganhar a curto prazo", o PSD pensa em políticas a longo prazo. Prova disso, defendeu, é que, nos últimos dois anos de governação do PS, quando se olha para o nível de crescimento económico, vê-se "que 2016 foi um ano em que se andou para trás e em que se perdeu velocidade".
Para o ainda líder social-democrata, "isso notou-se no ritmo de crescimento da economia, do investimento, na confiança externa medida pelo custo do financiamento, pelas taxas de juro, que foram historicamente baixas". O deputado Duarte Pacheco é o novo presidente da comissão política do PSD/Oeste.