O líder do PSD questiona a posição do Partido Socialista nas sondagens e considera que há muitas pessoas desconfiadas com a estratégia do Governo.
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"Acho extraordinário como é que um Governo que, ao cabo de quase 11 meses, diz que devolveu mais rapidamente rendimentos, feriados, férias, acabou com a austeridade, mas não está com 45%, 50% do país. Porquê? O que se passa? O Governo tinha uma estratégia que era mais ou menos esta: vamos melhorar os rendimentos para que a economia cresça através do consumo. Porque é que o consumo está crescer menos do que há um ano, quando eu estava no Governo?", questionou Pedro Passos Coelho na segunda parte da entrevista ao Público.
O líder do PSD responde às questões com uma explicação. Para Passos há "muitas pessoas desconfiadas com a solução e que têm reservas sobre isto e sobre o caminho que está a ser seguido".
Nesta entrevista, Passos Coelho garante que vai cumprir o mandato até ao fim como presidente do PSD e deixa claro que é candidato a Primeiro-ministro. "Eu não fujo aos meus combates nem às minhas responsabilidades. E eu tenho um mandato à frente do PSD e tenciono respeitá-lo. Mais do que isso: eu quando me recandidatei a um novo mandato à frente do Governo contraí uma responsabilidade para com os eleitores e não fujo a essa responsabilidade nesta legislatura", afirmou.
Questionado se tem a intenção de recandidatar-se a umas próximas eleições, o social-democrata afirmou que "essa é sempre a predisposição de quem foi eleito e de quem está a sério nas coisas. Não estou aqui a fazer cálculos mentais para saber qual é a altura ideal para sair. Não, não. Eu tenho um mandato muito claro a que não renuncio e tenho uma responsabilidade de que darei conta ao partido e aos portugueses".
Perder Lisboa ou Porto nas autárquicas não é uma derrota
Pedro Passos Coelho diz que não tem pressa em escolher os candidatos do PSD às eleições autárquicas, sublinhando que há um "calendário que será cumprido. Estamos a um ano de eleições, é um tempo que em política é bastante grande".
Quanto às principais câmaras do país, o líder do PSD é taxativo: "se não ganharmos Lisboa e Porto perdemos as eleições autárquicas. Não. Nós queremos ter o melhor resultado possível. Claro que o nosso objetivo é poder recuperar câmaras também importantes".