Passos Coelho diz que quando aprovou a descida da TSU em 2014, a medida era excecional e estava associada a fatores de crescimento económico e produtividade.
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O líder social-democrata voltou a frisar que não vai viabilizar o acordo da concertação social que considera ser um "acordo de chantagem".
Falando aos jornalistas na Maia, sobre a Taxa Social Única, Passos Coelho diz que já disse o que tinha a dizer: "Eu já prestei muitas declarações sobre esta matéria e não sinto necessidade de justificar mais nada".
Ainda assim, quando questionado sobre o facto de em 2014 ter aprovado uma descida da TSU, o ex-primeiro-ministro lembra que, dessa vez, a medida estava associada à produtividade, crescimento e inflação. "Se todos os anos dissermos que, independentemente da produtividade, damos um cheirinho na TSU para compensar a subida do salário mínimo, estamos a transformar uma coisa excecional num hábito regular".
Por isso, não vai ser o PSD a viabilizar uma medida que, sublinha Passos, resulta de uma "chantagem" com os parceiros: "O Governo decidiu com o BE qual o valor do salário mínimo, não foi discutir isso à concertação social".
"O Governo fixa o valor do salário mínimo e depois manda pagar", diz Passos Coelho, que tem sido criticado dentro do próprio partido, nomeadamente por Marques Mendes, pela opção que tomou.
"Ninguém está imune às critica, isso não me incomoda nada", garante. Não incomoda nem altera a posição.