Paulo Portas defende que "Governo de AD gera mais confiança do que uma geringonça 2.0"
O antigo líder do CDS-PP critica a governação do PS nos últimos anos e não tem dúvidas de que a "AD é a alternativa".
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O antigo líder do CDS-PP Paulo Portas considerou este domingo que ou a Aliança Democrática (AD) vence as eleições de 10 de março, ou Portugal terá no poder "um ministro inexperiente" e o Governo "mais radicalizado desde 1976".
"A AD deve vencer com margem. Será bom para Portugal ter uma cura de oposição", começou por discursar Paulo Portas, no auditório do Centro de Congressos do Estoril, em Lisboa.
Na "Convenção por Portugal" da AD, que decorre durante este domingo, Paulo Portas prometeu "dar garantias a quem ainda tem receios" e, por isso, fez questão de lembrar o porquê de o país estar a enfrentar a atual crise política.
"Foi o primeiro-ministro a apresentar a demisão do Presidente da República, não foi o contrário", disse Paulo Portas, acrescentando que o Governo de maioria socialista apresentou "14 demissões em menos de metade do mandato".
Para o antigo líder do CDS-PP, é necessário ainda olhar para as primárias do PS que deram vitória a "um candidato que defendeu uma geringonça 2.0", afirmou, referindo-se a Pedro Nuno Santos.
"Perante tudo isto, parece-me que ou a AD ganha e faz um governo de mudança, ou o que queremos não é uma repetição do PS, mas sim uma repetição de geringonça com um primeiro ministro inexperiente, esquerdista e com o BE e o PCP sentados no Conselho de Ministros", atirou.
Paulo Portas acredita que uma vitória socialista será o mesmo que estar perante "o Governo mais radicalizado desde 1976" e reiterou a "AD é a alternativa".
"Um Governo de AD gera mais confiança do que uma geringonça 2.0", admitiu.
Na sua intervenção, Portas quis também responder à frase do ainda primeiro-ministro, António Costa, que defendeu que "só o PS pode fazer melhor do que o PS".
"Perdão? Só o PS, em particular este PS, pode fazer pior do que o PS", sustentou.
O antigo presidente do CDS-PP afirmou também que "existe uma ameaça de moção de rejeição a um governo da AD", numa referência ao Chega.
"Quer dizer que num daqueles delírios frequentes da política portuguesa, o partido proponente, que até se diz de direita pede votos ao PS, BE, PCP, PAN e Livre para derrubar a AD e criar um caos político", declarou, sustentando que os eleitores devem ter isto em conta quando fizerem a sua escolha nas eleições legislativas de 10 de março.
Notícia atualizada às 14h49