Paupério tem “mandato para mudar Europa” e lembra que “não é televoto que trava genocídio” na Palestina
Francisco Paupério sobiu a fasquia, em entrevista à TSF, e admitiu que o Livre pode eleger dois eurodeputados nas eleições para o Parlamento Europeu
Corpo do artigo
O cabeça de lista do Livre às eleições europeias, Francisco Paupério, apontou as linhas gerais do partido para tentar ganhar Bruxelas. O objetivo são dois lugares no Parlamento Europeu.
Depois da aprovação do programa eleitoral, Paupério assumiu-se com “um mandato para mudar a Europa”, desde logo, com “mais coragem e ambição”. “Propomos um novo pacto verde e social para investir milhares de milhões por ano para transportes, indústria e habitação”, acrescentou.
Até 2030 o trabalho é árduo, assumiu o candidato, mas as metas estão traçadas: fim dos subsídios aos combustíveis fósseis até 2025 e 100% de energia renovável até 2040. “O Livre está pronto para esse combate”, apontou.
A extrema-direita continua a ser o principal adversário do Livre e Paupério não quer “nem um passo atrás”, apesar “a direita e a extrema-direita” quererem “silenciar” o partido.
Quanto às guerras que estão a afetar a Europa e o Médio Oriente, o candidato defendeu uma posição intransigente de apoio à Ucrânia e a paz “só quando o povo ucraniano quiser”. Na Palestina, a tónica é diferente “cessar fogo já”.
“Não é um televoto que trava um genocídio. É um voto num programa que promove a paz e uma solução de dois Estados. Palestina livre, cessar fogo já.”
Com 162 votos a favor, 12 abstenções e zero votos contra, está aprovado o programa eleitoral do Livre para as eleições europeias, que conta com Francisco Paupério como cabeça de lista e Filipa Pinto como número dois.
Francisco Paupério à TSF: meta sobe para dois eurodeputados do Livre
Francisco Paupério sobiu a fasquia e admitiu que o Livre pode eleger dois eurodeputados nas eleições para o Parlamento Europeu. O cabeça de lista do partido conta ter Rui Tavares na campanha para 9 de junho.
“Somos ambiciosos no nosso objetivo, porque acreditamos na nossa mensagem. Queremos ter uma delegação do Livre no Parlamento Europeu. Isto é, eleger dois eurodeputados: eu e a Filipa Pinto”, afirmou.
Paupério esteve no centro da polémica nas eleições primárias, beneficiando com os votos dos eleitores inscritos, que não pertencem ao Livre, e admitiu que o partido deve repensar o sufrágio interno. Por agora, “pontapé para a frente”.