O secretário-geral do PCP aponta algumas "limitações e insuficiências" ao documento, sublinhando que "este não é o orçamento do PCP", mas garantiu que o seu partido esta a trabalhar para o melhorar.
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No discurso de encerramento do debate 'Mais Direitos, Mais Futuro - Não à precariedade', em Lisboa, Jerónimo de Sousa falou dos últimos quatro anos, mas também da "nova fase da vida nacional".
Referindo-se à proposta de Orçamento do Estado para 2016, que está a ser discutida na Assembleia da República, o líder dos comunistas considerou que "as soluções que se vão avançando são ainda limitadas. Não é ainda ao ritmo que é preciso e que pensamos ser possível, mas muitas vão na direção e no caminho certos".
Jerónimo de Sousa sublinhou que, "apesar da gravidade dos problemas" que atingem os portugueses, "foi já possível, com um papel determinante do PCP, avançar e resolver alguns problemas prementes", nomeadamente travar o processo de concessão e privatização das empresas de transportes terrestres de passageiros, alterar o regime de proteção por invalidez, bem como, "ainda que de forma insuficiente", aumentar o salário mínimo para os 530 euros e "abrir caminho para a fixação do horário de trabalho das 35 horas".
Quanto ao OE2016, o secretário-geral do PCP apontou "limitações e insuficiências", destacou que "este não é o orçamento do PCP", mas disse que o seu partido "está a trabalhar" para melhorar o documento.
Alguns exemplos das limitações do OE 2016, disse Jerónimo de Sousa, são "consagrar o aumento dos impostos sobre os combustíveis ou uma insuficiente tributação do grande património imobiliário e a inexistência de resposta estrutural ao problema da dívida".
Jerónimo de Sousa disse ainda que o PCP está "empenhado na procura de soluções e na tomada de medidas que correspondam a legítimas aspirações dos trabalhadores e do povo a uma vida melhor".