O social-democrata aceita que o PSD coloque o interesse nacional acima de tudo, mas diz que não faz sentido colocar este cenário em cima da mesa, nesta altura.
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Foi um dos temas que marcou a campanha interna no PSD. Viabilizar ou não um governo minoritário do Partido Socialista, caso o PSD não consiga vencer as eleições? Santana Lopes disse que não. Rui Rio disse sempre que sim, argumentando com a necessidade de afastar a esquerda do poder.
No programa Política Pura, Pedro Duarte sublinhou a importância de colocar sempre o interesse nacional acima de tudo, mas não compreende que Rui Rio coloque, para já este cenário em cima da mesa. "Não será muito razoável trazer cenários de uma vitória do PS porque ao discutir-se essas hipóteses estamos a dar ao PS uma centralidade que não tem", explica o social-democrata. Pedro Duarte lembra que "é o PSD que tem que estar no centro da vida política" e não o principal adversário.
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Quanto à eleição de Rio, Pedro Duarte lembra que o novo presidente do PSD "não é um político convencional" e que isso pode ser um ativo importante para o partido, não só pela "mudança que representa" mas por se tratar de um "político genuíno". A grande incógnita, para o ex-deputado do PSD, está na capacidade que Rui Rio terá para "agregar um conjunto de pessoas que gere no país uma dinâmica que lhe seja favorável".
Pedro Duarte lembra ainda que "o PSD tem que encontrar elementos diferenciadores, face ao Partido Socialista" e que, ao contrário do que afirmou Manuela Ferreira Leite, na TSF, não é preciso vender a alma ao diabo para afastar a esquerda do poder. "Não é a minha opinião. Tem que é que haver um programa alternativo".