Pedro Duarte nega "acordo de governação com quem não é confiável" e diz que Chega tem propostas "irresponsáveis"
O candidato da coligação PSD/CDS-PP/IL admite falar com todos os partidos que sejam eleitos para o executivo municipal do Porto
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Pedro Duarte rejeita falar com o Chega para fazer futuros acordos no executivo, caso seja eleito presidente da Câmara do Porto. Em sentido contrário, o cabeça de lista da coligação PSD/CDS/IL admite conversar com os outros partidos, incluindo o PS.
"Olhando para a governação da cidade, não faz sentido pensar-se num acordo de governação com quem não é confiável desse ponto de vista e que tem propostas que são manifestamente irresponsáveis. Acho que é perfeitamente compatível nós governarmos com acordos pontuais e olhando para aquilo que são contributos da oposição e aí não há linhas vermelhas nenhumas, seja o PS ou seja quem for, desde que seja eleito", disse o candidato da coligação entre PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal à autarquia portuense, durante uma arruada no coração da cidade onde esteve acompanhado por Mariana Leitão.
Entre as conversas com os apoiantes, Pedro Duarte chegou mesmo a fazer um convite para a festa, mas as sondagens ditam um empate com o PS, liderado por Manuel Pizarro.
"Sinto que aquilo que as sondagens têm refletido é um pouco o que sinto na rua, isto é, há um apoio crescente. Agora, os portuenses vão decidir. Eu não gosto de vitórias antecipadas, não gosto de euforias. A esse respeito, queria fazer um apelo a todos os portuenses: é precisamente o apelo ao voto útil, designadamente àqueles portuenses que estão a ponderar votar em partidos como o Chega, que estão a ponderar votar em candidaturas ditas independentes. Eu pedia para que pensassem duas vezes, porque corre-se o risco de essas pessoas acordarem na segunda-feira, dia 13, com um presidente de Câmara socialista", avisa.
Apesar de ser a primeira vez que se candidata a presidente da câmara, Pedro Duarte já dirigiu no passado a campanha de Luis Filipe Menezes à autarquia do Porto. Manuel Pizarro convidou, por isso, Pedro Duarte a dizer se quer o mesmo modelo de cidade defendido por Menezes em 2013: "A resposta é muito fácil: não, porque eu evoluí. Eu avancei no tempo. O mundo hoje é completamente diferente."
Foi preciso juntar a líder da Iniciativa Liberal para se ver a maior arruada da candidatura até ao momento. A meta, diz Mariana Leitão, é eleger dois vereadores liberais, com pastas ou não.
"Primeiro as ideias, só depois os lugares, porque nós precisamos de ter as políticas que funcionem para as cidades", refere.
Da Rua das Flores levam um ramo que dê mais alento ao casamento a três entre PSD, CDS-PP e IL para o que resta de campanha.
