O ministro do Planeamento e Infraestruturas afirmou esta quarta-feira no Parlamento, numa audição dedicada à situação da TAP, que em 11 meses do ano passado só foram pagos quatro milhões de euros a empresas na aplicação do quadro Portugal 2020.
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Pedro Marques reafirmou a intenção de carregar no acelerador dos fundos comunitários, revelando que "desde janeiro já entregaram 30 milhões de euros a empresas, multiplicando por sete os fundos distribuídos, apenas em mês e meio". O ministro que detém o pelouro da gestão dos fundos de Bruxelas prometeu ainda uma aposta na manutenção desse ritmo elevado de pagamentos às empresas ao longo do ano.
Em relação ao processo de renegociação da privatização da TAP, Pedro Marques reafirma que o negócio foi "fechado à pressa" pelo anterior governo, precisamente para tentar criar "um facto consumado", e dificultar o trabalho do atual governo, na tentativa de reversão da entrega da maioria do capital a privados. O ministro do Planeamento garante que o atual processo de negociação em curso tem como objetivo "defender o interesse público, defender uma TAP forte, uma TAP perene para Portugal".
Comentando uma polémica recente, à roda da partilha de rotas da TAP com companhias dos novos acionistas da empresa, Pedro Marques garante que "não vê essa partilha de rotas como um problema", mas antes como algo de vantajoso para a TAP, até porque será uma forma de reforçar as taxas de ocupação de algumas rotas da TAP, sobretudo para a América do Sul, e para os Estados Unidos.