Pedro Nuno apela aos socialistas: “Cada um leve e convença um indeciso a votar” no PS

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos
António Pedro Santos/Lusa
Aos portugueses, Pedro Nuno Santos pede uma oportunidade e deixa um sinal de confiança.
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O foco do PS está na mobilização dos eleitores que ainda não decidiram em quem vão votar e Pedro Nuno Santos pede mesmo aos socialistas que “levem e convençam um indeciso” a votar no PS, para que a vitória volte a cair para o Largo do Rato. Em Marco de Canaveses, num almoço-comício, Francisco Assis elogiou Pedro Nuno Santos e lamentou a campanha “do medo” da direita.
Os socialistas tentam jogar em duas frentes. Por um lado, garantir o voto das mulheres que continuam indecisas, com o secretário-geral socialista a lembrar que “as mulheres não são uma nota de rodapé” no seu discurso, numa achega a Luís Montenegro.
“A maioria esmagadora das mulheres cuida das nossas crianças, dos mais idosos e das pessoas com deficiência. É preciso valorizar as mulheres. Na hora de progredir na carreira, as mulheres ficam para trás e os homens seguem caminho”, acrescentou.
Por outro lado, o PS desafia os eleitores do partido em 2022 a repetirem o voto, apesar do fracasso da maioria absoluta. Pedro Nuno Santos reconhece “as dificuldades”, mas justifica com a inflação e lembra o combate à pandemia.
“Nós sabemos a dificuldade que foram estes dois anos. A crise inflacionista encolheu os nossos rendimentos, mas juntos conseguimos ultrapassar esta crise inflacionista, como já tínhamos conseguido ultrapassar a crise da pandemia”, disse.
Aos portugueses, Pedro Nuno Santos pede uma oportunidade e deixa um sinal de confiança: “Confiem no PS,confiem em mim, não fiquem em casa”. Par aos socialistas de sempre ou convertidos, um pedido.
“Que cada um de vós leve um indeciso, convença um indeciso. Leve esse indeciso a votar. Se conseguirmos e mobilizarmos os indecisos e esta maioria invisível, no dia 10 de março é o PS que vai ganhar as eleições”, concluiu.
Assis lamenta “ataques” a Pedro Nuno
O cabeça de lista pelo Porto, Francisco Assis, fez um discurso centrado no líder, com vários elogios e lamentou que a direita tenha feito “ataques inimagináveis” a Pedro Nuno Santos.
“Não é homem que se deixe vencer por nada, que compreende as dificuldades, que sabe que há acidentes de percurso, que nem sempre as coisas correm como se desejou”, disse Assis.
No congresso do PS, em janeiro, Francisco Assis pediu ao partido para não fazer uma campanha com base no medo, crítica que faz agora à direita que “passou a vida a fazer o discurso do medo: medo em relação ao PS, ao sistema democrático, quase que medo em relação aos portugueses”.