Pedro Nuno atira ao Governo em "campanha permanente". Bugalho acusado de "enganar portugueses"
Pedro Nuno Santos juntou-se à campanha socialista no comício que encerrou o primeiro dia de estrada.
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O clima é de campanha eleitoral para as eleições europeias, mas o alvo de Pedro Nuno Santos foi o Governo de Luís Montenegro. O discurso rapidamente se confunde com o de um candidato a primeiro-ministro que atira a um Executivo em “permanente campanha”, com conselhos de ministros constantes. Dos candidatos a Bruxelas, o apelo ao voto, pela defesa dos direitos fundamentais (em contraste com Sebastião Bugalho).
Pedro Nuno Santos foi o último a subir ao púlpito, já depois da cabeça de lista Marta Temido e da número três Ana Catarina Mendes. O alvo continuou a ser a Aliança Democrática, mas num tom nacional.
“Quando sai uma sondagem que não lhes é agradável, mais um conselho de ministros. Quando o PS tem um agendamento no Parlamento, para apresentar e aprovar uma medida, sai um conselho de ministros. Ora quando o cabeça de lista da AD tem uma prestação televisiva, sai um conselho de ministros”, gracejou.
De facto, na segunda-feira, o Governo marcou um conselho de ministros extraordinário para aprovar medidas para a habitação, no arranque da campanha eleitoral para as europeias. O Governo chamou os partidos da oposição para negociar medidas para a habitação, mas Pedro Nuno Santos não vê mais do que uma “simulação”.
“O diálogo foi uma simulação. O que era importante era que houvesse um conselho de ministros a marcar o arranque da campanha eleitoral”, lamentou.
E as medidas de Luís Montenegro, acusou Pedro Nuno Santos, incidem sobre os que mais têm, dando o exemplo da nova modalidade do IRS jovem, que não olha ao salário na hora de cortar nos impostos.
“Nós não governamos para uma minoria. Nós nunca governaremos para uma minoria”, atirou.
PS para Bugalho: “Os direitos fundamentais são para respeitar”
A visão da Aliança Democrática é a mesma, seja em território nacional ou na União Europeia, alertam os socialistas, e daí o apelo ao voto de Marta Temido: “nestas eleições, todos os votos contam”.
“Há um conjunto de valores que estão efetivamente ameaçados. E, não, não estamos a acenar com o fantasma do medo. Estamos a ser realistas, estamos a ser lúcidos, estamos a enfrentar os problemas como eles são”, disse Marta Temido.
Também Ana Catarina Mendes atirou a Sebastião Bugalho, acusando o cabeça de lista da Aliança Democrática de “enganar os portugueses” quanto aos direitos fundamentais, depois de deixar vários elogios a Marta Temido.
“Os direitos fundamentais são para respeitar. Os direitos fundamentais não são para fazer campanha, nem são para enganar os portugueses como Sebastião Bugalho quer fazer”, apontou.
Casa cheia na Incrível Almadense, onde já se lutava pela liberdade antes do 25 de Abril. Uma luta, avisam os socialistas, que deve ser feita todos os dias.