Pedro Nuno divide o palco no seu distrito. Vitorino rejeita "tiros no escuro" em clima de incerteza
A presidente da Associação dos Reformados e Pensionistas (APRe), Maria do Rosário Gama, também subiu ao palco para apelar ao voto no PS.
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António Vitorino alerta que estes não são tempos para experiências e pede que não se dê “um tiro no escuro” com o voto na direita. No penúltimo comício do PS, Pedro Nuno Santos voltou a apelar ao voto dos indecisos, desde logo, das mulheres e dos mais velhos.
Em Aveiro, Pedro Nuno Santos joga em casa: é o cabeça de lista pelo distrito, natural de São João da Madeira, e mostra orgulho “da terra de onde é e de onde vem”. As palavras não são insuspeitas, tendo em conta que Luís Montenegro é de Espinho, e é o primeiro nome da lista da Aliança Democrática por Lisboa.
Na distrito de onde é natural, Pedro Nuno Santos teve, no entanto, de dividir o palco: o histórico socialista e antigo líder da Organização Internacional para as Migrações, António Vitorino, entrou na campanha para dar um impulso na reta final.
Alerta que “o mundo está perigoso” e os tempos “que se avizinham não vão ser fáceis”, com uma guerra na Europa e o “massacre em curso na Faixa de Gaza”. E, para governar, é necessária “experiência”.
“Temos de explicar aos nossos concidadãos que estes não são tempos para dar tiros no escuro, para fazer apostas em quem não tem experiência governativa. O voto deve ser no PS para garantir a estabilidade governativa, o diálogo social e o nosso inquebrável compromisso com o projeto europeu. O PS é o voto seguro”, disse.
António Vitorino recuou aos tempos da troika e alertou que, caso o país seja atingido por uma nova crise, a direita vai utilizar a receita do passado: cortar os mais desfavorecidos.
“E nada nos garante que, apesar de todos os disfarces desta campanha eleitoral, se tivermos de voltar a viver tempos difíceis, o PSD e o CDS não descobrem que afinal querem voltar ao tempo em que queriam ir além da troika”, avisou.
A presidente da Associação dos Reformados e Pensionistas (APRe), Maria do Rosário Gama, também subiu ao palco para apelar ao voto no PS, lembrando os cortes aos pensionistas e reformados durante o tempo de Passos Coelho.
Além disso, “pertence à última geração” que sabe o que é viver em ditadura, pelo que “tem obrigação moral de o transmitir” e rejeitar que a direita populista chegue ao poder.