Pedro Nuno diz que Montenegro, Rocha e Ventura "não são de confiança", Montenegro pede “grande lição aos profetas da desgraça”
A campanha eleitoral entra esta segunda-feira na reta final. Acompanhe tudo na TSF
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O presidente da Comissão Política Nacional do Partido Popular Monárquico (PPM), Gonçalo da Câmara Pereira, esteve esta segunda-feira muito perto da comitiva da AD na feira de Espinho.
Desaparecido da campanha eleitoral de há um ano, quando integrava a coligação com o PSD e o CDS-PP, Câmara Pereira apareceu agora ao microfone da TSF e deixou recados a Luís Montenegro.
A cabeça de lista da AD por Vila Real, Ana Paula Martins, insurgiu-se esta segunda-feira contra “arautos da desgraça" que acusou de amedrontarem as mães e usarem números sobre mortalidade infantil para chicana política na campanha eleitoral.
Ana Paula Martins, ministra da Saúde, falava na abertura do comício da AD – coligação PSD/CDS em Vila Real, num discurso em que se queixou de ter herdado um Serviço Nacional de Saúde (SNS) “à deriva”.
O presidente do PSD apostou esta segunda-feira que os pensionistas vão dar no próximo domingo “uma grande lição” aos que classificou de “profetas da desgraça”, e colocou a AD no centro da moderação, nem socialista, nem liberal.
Luís Montenegro falava no comício do final de dia de campanha da AD – coligação PSD/CDS-PP, em Vila Real, ao ar livre, mas com uma tenda transparente que protegia apenas parcialmente da chuva que caiu nesta região ao longo do dia.
O líder do PS defendeu esta segunda-feira que “não se pode confiar na direita”, seja em Luís Montenegro, em Rui Rocha e “muito menos em André Ventura”, afirmando que os socialistas “são bons” a garantir soluções governativas duradouras, mesmo sem maioria absoluta.
Num comício no Pavilhão Centro de Portugal, que encerrou a tarde de campanha dedicada ao distrito de Coimbra, Pedro Nuno Santos começou por dar os parabéns ao histórico socialista Manuel Alegre, que completa hoje 89 anos, e terminou a evocar Mário Soares, no dia em que a filha, Isabel Soares, teve uma intervenção.
O presidente do Chega, André Ventura, recusou esta segunda-feira esclarecer como posiciona o partido face a diferentes resultados eleitorais, não querendo colocar outro cenário que não o de uma vitória do seu partido.
Questionado sobre o que fará num cenário em que o PS seja o partido mais votado, mas a direita tenha maioria, o líder do Chega considerou que “o e esclarecimento é evidente”.
“É o Chegue a vencer, a liderança do PSD vai mudar e nós vamos dar uma maioria à direita”, afirmou, recusando responder a mais perguntas.
Mais à frente na arruada, os jornalistas insistiram na questão do que fará caso esse cenário de vitória não se concretize e o Chega fique atrás do PSD, mas André Ventura insistiu, apesar de nenhuma sondagem apontar para uma possível vitória do Chega nas legislativas. “O Chega não vai ficar atrás, o Chega vai vencer as eleições. Ouçam, o Chega vai vencer as eleições deste ano”, voltou a defender.
O presidente do Chega considerou que “os eleitores têm de escolher se querem o mesmo cenário que houve até agora, com o PSD em Governo minoritário, com instabilidade, com falta de transparência, com a queda do Governo ao fim de um tempo, como aconteceu, ou se querem um Governo estável”.
O PS desafia Luís Montenegro a ser “transparente” e a esclarecer até onde está disponível para negociar um programa de Governo com a Iniciativa Liberal. O antigo ministro do Ambiente Duarte Cordeiro lembra que as propostas dos dois partidos divergem em vários pontos, Pedro Nuno Santos dá mesmo o exemplo da visão liberal na saúde e nas pensões.
Os socialistas almoçaram na Figueira da Foz e à mesa estiveram caras conhecidas: Pedro Nuno Santos, Duarte Cordeiro e Pedro Delgado Alves, os “jovens turcos” que, em tempos, formaram uma oposição interna a António José Seguro. Só falta mesmo o antigo ministro das Infraestruturas, João Galamba, agora de costas voltadas ao atual líder socialista.
A coordenadora nacional do BE foi esta segunda-feira a Loulé, em Faro, para realçar que o seu partido "é o único que dá a cara" pelo direito à habitação, numa tentativa de captar eleitores que votaram Chega nas últimas legislativas.
À entrada para a segunda semana de campanha, há assuntos que têm estado praticamente ausentes da discussão. No Fórum TSF desta segunda-feira, Daniel Cotrim, da APAV, enfatizou que a violência doméstica "tem sido um tema menos vocal" e com foco "disperso".
Aliás, acredita mesmo que não há nada de novo no debate relativo a tema, referindo que o que está a acontecer é "uma espécie de copy paste para os programas eleitorais atuais de medidas que iriam ser apresentadas durante a legislaturas se ela tivesse corrido de forma natural".
O líder do Livre, Rui Tavares, não confia no "sim é sim" dado pelo líder do PSD. Esta expressão foi utilizada por Luís Montenegro para garantir que iria cumprir as promessas de campanha.
Mas Rui Tavares acusa o também primeiro-ministro em gestão de não querer estabilidade, mas sim "poder", que vai servir como "uma absolvição política".
Mariana Mortágua comentou o incidente que envolveu o líder da Iniciativa Liberal. Em Loulé, no Algarve, onde foi falar de habitação, sublinhou que atirar pó de tinta verde a Rui Rocha "não contribui para a causa climática".
Luís Montenegro não confirma se fez ou não um convite à Iniciativa Liberal para uma coligação pré-eleitoral. Questionado na feira de Espinho, o líder da AD admite que é normal existirem conversações entre partidos, mas diz não querer distrair os portugueses com "mexericos". Fica ainda irritado com quem quer voltar ao tema Spinumviva.
No caso da Saúde, Xavier Barreto, presidente da Associação dos Administradores Hospitalares, reconhece que este tem sido um assunto muito falado, contudo o debate "tem sido muito pobre", já que "a maior parte do tempo é dedicado a utilizar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) como uma arma de arremesso político". Declarações no Fórum TSF desta segunda-feira.
Quando nós olhamos para os principais problemas do Serviço Nacional de Saúde e [pensamos em] como é que os podemos resolver, eu diria que se perguntássemos aos portugueses como é que os diferentes partidos, por exemplo, querem solucionar a carência de recursos humanos no SNS, a maioria das pessoas não sabe.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu esta segunda-feira que dentro da AD estão “completamente de cabeça perdida” relativamente a uma eventual coligação pós-eleitoral com a IL, com PSD e CDS a dizerem “coisas diferentes”.
“Eles estão de cabeça perdida, eles dizem coisas diferentes, na coligação. No PSD querem a IL, o CDS não quer, eles estão completamente de cabeça perdida”, afirmou o líder socialista que falava aos jornalistas no final de uma visita à feira de Espinho, onde momentos depois entrou a caravana da AD.
Paulo Raimundo gostaria de reforçar a votação em Setúbal, recuperar os votos perdidos em Beja e fazer boa figura no Porto. Foi o que garantiu à margem de uma visita à Escola Artística António Arroio, em Lisboa.
A CDU quer recuperar dois deputados a 18 de maio. Um objetivo modesto, considera Paulo Raimundo.
São declarações dadas ao final desta manhã de campanha que teve como tema a mobilidade e contou com uma viagem de autocarro entre a Pontinha e o Arco do Cego, em Lisboa.
A campanha eleitoral entra esta segunda-feira na última semana, com os partidos a terem ações de norte a sul do país e as comitivas da AD e PS a cruzarem-se na feira de Espinho, terra de Luís Montenegro.
Ao nono dia da campanha para as eleições legislativas de domingo, o presidente do PSD vai estar às 10h30 na feira de Espinho, seguindo depois para Chaves, onde vai contactar a população, e ao final da tarde vai estar em Vila Real para novamente contactar com a população e fazer um comício.
O secretário-geral do PS também vai estar na feira de Espinho, mas meia hora mais cedo, do que Luís Montenegro. Pedro Nuno Santos segue depois para um almoço na Figueira da Foz e para Coimbra, onde às 17h30 contacta com a população e às 19h00 tem um comício.
Bom dia!
Abrimos este liveblog para acompanhar mais um dia de campanha eleitoral. Recorde aqui tudo o que aconteceu durante o dia de ontem.
“O farol, o Canário e o ciúme” é a trilogia que está a dominar o ambiente político, defendeu este domingo o historiador Pacheco Pereira. As eleições e a campanha eleitoral estiveram em debate no programa O Princípio da Incerteza, da TSF e da CNN Portugal, onde a socialista Alexandra Leitão deixou críticas a Luís Montenegro e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, não rejeitou uma aliança entre o PSD e a Iniciativa Liberal (IL).
