Pedro Nuno pede aos socialistas que se abstenham de criticar adversários internos (farpas beneficiam outros partidos)
Sem "preferências", o secretário-geral do PS alertou que as críticas aos próprios "camaradas" têm o efeito contrário, dando trunfos aos adversários
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Pedro Nuno Santos reforçou, este sábado, que o PS tem de ir a votos, nas eleições presidenciais, com um só candidato. Na comissão nacional socialista, num discurso à porta fechada, pediu também moderação nas críticas que os militantes têm lançado na praça pública.
Sem "preferências", Pedro Nuno Santos alertou, de acordo com relatos à TSF, que as críticas aos próprios "camaradas" têm o efeito contrário, dando trunfos aos adversários. Num discurso curto, com menos de 15 minutos, reforçou que só vai tomar posição depois de os candidatos oficializarem as candidaturas.
Foi o próprio secretário-geral a abrir a comissão nacional do partido, que decorreu em Setúbal, especificamente para discutir as eleições presidenciais, numa altura que os António José Seguro e António Vitorino ainda não oficializaram a candidatura. De resto, Pedro Nuno Santos deixou ainda uma palavra aos presidentes das distritais pela escolha dos candidatos às eleições autárquicas, mas também a Paulo Cafôfo, que lidera o PS Madeira, pelas eleições regionais "importantes" de março.
O partido segue para a Comissão Nacional dividido, com trocas de galhardetes entre vários socialistas. Augusto Santos Silva, outro possível candidato, já arrasou as “banalidades” de Seguro. Enquanto Ana Gomes apontou o passado de “advogado lobista” de António Vitorino.
Embora o antigo ministro João Soares (que declarou o apoio a António José Seguro) tenha aconselhado o PS a chamar os putativos candidatos para a reunião de sábado, para “ouvir diretamente” quem pensa candidatar-se, a direção de Pedro Nuno Santos não acolheu a ideia. António José Seguro e António Vitorino, que não pertencem à Comissão Nacional, não foram convidados para os trabalhos que estão a decorrer à porta fechada.