Pedro Nuno Santos acusa Luís Montenegro de ter "duas faces" ao "usar meios do Estado para fazer campanha"

"A liderança do PS não está em causa", assegura Pedro Nuno Santos
Tiago Petinga/Lusa
O líder dos socialistas desvaloriza os resultados da sondagem da Pitagórica para a TSF/JN e TVI/CNN, que coloca a AD à frente do PS, com seis pontos de distância, e assume que agora a "preocupação" passa por "mobilizar o povo português", que vai ser chamado às urnas a 18 de maio
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O secretário-geral do PS acusa o primeiro-ministro em gestão de ter "duas faces" ao "usar meios do Estado para fazer campanha", após ter "atacado" o Governo socialista por fazer exatamente a mesma coisa.
Em entrevista à SIC Notícias, Pedro Nuno Santos recorre a uma peça divulgada pela TVI para afirmar que, desde que o Governo liderado por Luís Montenegro entrou em gestão, já foram realizadas "70 ações".
"Luís Montenegro, quando era líder da oposição, atacou o Governo socialista por estar a usar os meios do Estado para fazer campanha e é exatamente isso que Luís Montenegro está a fazer", denuncia.
O líder dos socialistas considera, por isso, que o primeiro-ministro em gestão tem "duas faces": uma quando está na oposição e outra quando está no poder.
"Isso diz muito sobre ele, mas diz muito também sobre a forma como governa", atira.
Já sobre os resultados da sondagem da Pitagórica para a TSF/JN e TVI/CNN, que coloca a AD à frente do PS, com seis pontos de distância, o líder dos socialistas desvaloriza e recorda que os estudos de opinião vão alterando consoante o aproximar das eleições. Também as diferenças ente as intenções de voto e o voto efetivo costumam apresentar valores dispares.
Assume que a "preocupação" do partido passa agora por conseguir "mobilizar o povo português", que vai ser chamado às urnas a 18 de maio.
Pedro Nuno Santos foi ainda questionado sobre o anúncio do antigo ministro das Finanças Fernando Medina, que descartou a possibilidade de integrar as listas de candidatos a deputados nas próximas eleições legislativas. É com naturalidade que o secretário-geral do PS encara a situação, sublinhando que "respeita" a "opção individual e pessoal" de Medina.
"Não temos de ter um compromisso para a vida e permanente com a política. Temos de, em cada momento, respeitar as opções pessoais e eu respeito a opção de Fernando Medina", ressalva.
Rejeita ainda que esta seja uma estratégia de Fernando Medina para começar a preparar terreno para suceder a Pedro Nuno Santos na liderança do partido: "A liderança do PS não está em causa", assegura.
Nota ainda que António Costa é agora presidente do Conselho Europeu e por isso não deverá participar na campanha partidária nacional.
