Pedro Pinto eleito líder da distrital de Lisboa do PSD com quase 78% dos votos
O antigo vice-presidente do PSD Pedro Pinto foi eleito líder da distrital social-democrata de Lisboa com 77,8% dos votos, numa candidatura sem oposição.
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Em concreto na secção de Lisboa, votaram para a Comissão Política Distrital 1441 militantes do PSD, tendo a lista de Pedro Pinto, "Afirmar Lisboa" obtido 702 votos favoráveis (correspondentes a 48,7% do total), registando-se 685 votos brancos e 54 nulos.
Foi na secção de Lisboa que um grupo de militantes, encabeçado por Nuno Morais Sarmento, apresentou uma lista de delegados alternativa à "Afirmar Lisboa" para a Assembleia Distrital, a lista "Lisboa Sempre", que conseguiu cerca de 57% dos votos (correspondentes a 800 de um total de 1397 votos).
No conjunto da Assembleia Distrital, órgão eleito por método de Hondt, a lista "Lisboa Sempre", que apenas concorreu à secção da capital, conseguiu 153 delegados (cerca de 25%) contra os 460 da lista afeta a Pedro Pinto, que concorreu às dez secções do distrito. A estes, somar-se-ão os 212 delegados das estruturas autónomas JSD e TSD, que declararam apoio à lista "Afirmar Lisboa".
Para a presidência da Mesa da Assembleia Distrital, a lista "Afirmar Lisboa", que também neste órgão não teve oposição, conseguiu 2798 votos favoráveis, registando-se 697 brancos e 65 nulos.
O futuro presidente da distrital de Lisboa do PSD Pedro Pinto considera que os resultados demonstraram "a incapacidade de Nuno Morais Sarmento, Manuela Ferreira Leite e outros de produzirem uma lista" para a Comissão Política Distrital, o órgão executivo.
"O resultado não oferece dúvidas", defendeu, considerando que, mesmo na secção de Lisboa, "a diferença é diminuta" entre as duas listas.
"A montanha pariu um rato", concluiu Pedro Pinto, apoiante do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho.
Antes, Nuno Morais Sarmento tinha saudado o resultado que a sua lista de delegados obteve na secção de Lisboa.
"Que esta vitória seja em primeiro lugar um sinal de participação, em segundo lugar um sinal de mudança", disse o ex-ministro da Presidência, que anteriormente já tinha definido esta lista como "uma etapa na construção de um novo PSD", sem excluir que pudesse abrir caminho a outras disputas no partido.
As eleições para os órgãos distritais de Lisboa, onde o PSD tem cerca de vinte mil militantes ativos (com quotas em dia e capacidade de votar), decorreram entre as 15:00 e as 23:00 de sábado.