Pelo menos três câmaras do Norte do país decidiram não dar tolerância de ponto
Agenda cheia ou respeito pelo setor privado são as razões que levam algumas das autarquias a não concederem tolerância de ponto no próximo dia 12 de maio, a propósito da visita do Papa a Portugal.
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Mais de 30 municípios do Norte do país seguiram o exemplo do governo e vão dar tolerância de ponto no próximo dia 12 de maio, a data da chegada do Papa Francisco a Portugal. Mas três já decidiram que não o vão fazer: Braga, Ponte de Lima e Montalegre.
O presidente da autarquia de Montalegre, Orlando Alves, eleito pelo PS, explica que se trata de um respeito devido ao setor privado e também à Constituição.
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Apesar de ser da mesma cor política do governo, o autarca não esconde a discordância em relação à decisão do executivo.
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Outra câmara que decidiu não dar tolerância de ponto foi a de Ponte de Lima, liderada pelo CDS. O presidente Victor Mendes explica que o município tinha uma agenda cheia, que não podia ser alterada, mas assinala também o que entende ser uma discriminação do setor privado.
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No fim de semana, a câmara de Ponte de Lima tem um evento com cavalos, o principal motivo que leva a autarquia a não dar tolerância de ponto aos funcionários.
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Num levantamento feito pela agência Lusa, nos distritos do Porto, Aveiro, Bragança, Braga, Vila Real e Viana do Castelo, 36 das 87 autarquias revelam que vão conceder tolerância de ponto.