Pinto Luz acusa Pedro Nuno de "falta de humildade": "Nunca assisti a um discurso com tão pouca capacidade de autocrítica"
Em declarações à TSF, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, assegura que a AD "está disponível para todos os entendimentos a bem dos portugueses e de Portugal", mas o "não é não" ao Chega mantém-se
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Miguel Pinto Luz acusou, esta segunda-feira, Pedro Nuno Santos de "falta de humildade" no discurso de domingo. Em entrevista à TSF, o ministro das Infraestruturas falou da vitória da AD, reforçando o apelo de responsabilidade da oposição, e considerou que o discurso de demissão do líder socialista foi arrogante.
"Nunca assisti a um discurso de um líder derrotado com tão pouca humildade, tão pouca capacidade de autocrítica, tão pouca capacidade de, no momento da derrota, assumir essa derrota e tão pouca capacidade de saber estar na vida pública da mesma forma que tem de se saber sair da vida pública. Está agarrado à vida pública, disse-o ontem e vai ser isso que vai marcar os próximos tempos no Partido Socialista. Eu espero que o Partido Socialista volte a ser um grande partido da democracia portuguesa porque Portugal precisa", disse Miguel Pinto Luz, em declarações à TSF.
O ministro das Infraestruturas garantiu ainda que está disposto a dialogar com a oposição, mas assegurou que o "não é não" ao Chega mantém-se.
"A AD está, como esteve sempre, disponível para todos os entendimentos a bem dos portugueses e de Portugal. É esse o posicionamento, um posicionamento de humildade e um posicionamento de trabalho e de colocar os interesses dos portugueses à frente dos interesses particulares dos partidos", referiu, sublinhando: "Não é não, ponto final. O mandato que Luís Montenegro, o PSD e a AD receberam também é claro, porque durante a campanha foi isso que foi também avaliado. O não é não manteve-se, portanto, nada mudou."
A coligação encabeçada por Luís Montenegro é a vencedora da noite de 18 maio. Com quatro mandatos por atribuir, PS e Chega estão empatados, com 58 deputados cada. Bloco de Esquerda fica reduzido a Mariana Mortágua, mas Livre cresce. PAN mantém-se vivo, entra JPP na Assembleia da República.