Por "dever cívico", Cavaco volta à campanha 21 anos depois para apelar ao voto na AD
O antigo Presidente da República juntou-se esta sexta-feira à campanha da AD.
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O antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva regressou esta sexta-feira às campanhas eleitorais, após 21 anos, para abrir "uma exceção" e apelar a que "todos os portugueses" votem na AD.
"Estou aqui hoje porque sei muito bem que Portugal se encontra numa situação particularmente difícil em resultado dos erros de oito anos do Governo socialista: salários baixos, pensões de reforma que não garantem uma vida com dignidade, impostos elevadíssimos e jovens em fuga do seu país do nosso Portugal para no estrangeiro conseguirem uma vida melhor", começou por afirmar Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas, à entrada para um almoço alusivo ao Dia da Mulher.
"Durante a campanha eleitoral, o líder da AD, Luís Montenegro, mostrou que está bem preparado para ser primeiro-ministro, para orientar e coordenar os ministros como manda a constituição", acrescentou.
O ex-chefe de Estado destacou ainda a "serenidade" dos discursos do presidente do PSD e terminou a intervenção na Estufa Fria, em Lisboa, com uma certeza: "Em consciência eu não podia ficar calado, considero que é meu dever cívico dizer aos portugueses que só uma votação forte na AD garante a estabilidade política, a resolução dos problemas económicos e sociais do país e a mudança que Portugal precisa."
Além de Cavaco Silva, também a antiga líder social-democrata Manuela Ferreira Leite está esta sexta-feira presente na campanha da AD.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.