Convidado pela Coimbra Business School a falar sobre o estado atual da social-democracia, António José Seguro recusou-se a comentar a política nacional atual.
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O ex-líder do PS referiu que a social democracia deixou de ser uma alternativa política porque deixou de ser fiel à sua identidade: ou seja, a construção de uma sociedade justa.
Sempre que confrontado pela plateia ou pelos jornalistas acerca da política nacional, Seguro recusou-se a "vender castanhas", fazendo alusão à história do vendedor de castanhas do Rossio a quem um amigo havia pedido dinheiro. Como resposta: "vendedor de castanhas e banco têm um pacto, o vendedor não empresta dinheiro e o banco não vende castanhas". Seguro também não as vendeu, o mesmo é dizer que não falou de política nacional, pelo menos diretamente.
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Disse logo a abrir que estava ali para jogar pelo seguro e que, por isso, o discurso estava preparado. O que fazer para que a social-democracia volte a ser uma alternativa.
António José Seguro defende que a primeira mudança deve ser global, e dá como exemplo os offshore. "Como é possível confiar num sistema que não tem regras. Porque é que não se acaba com os offshore?", questiona.
A nível europeu a solução é não deixar para trás os supostos Estados ou países maus alunos quando se diz que o projeto é de todos. "Quando caminhamos juntos não podemos deixar ninguém para trás?", declarou António José Seguro.
E quando foi questionado sobre a aliança parlamentar à esquerda, entre PS, BE e CDU?, Seguro voltou de novo às castanhas, mas lá deixou deslizar que não entende que os partidos sejam todos a mesma coisa. Aliás, referiu-se ao próprio PS como sendo um partido onde existem formas diferentes de pensar.
E mesmo os jornalistas, no final, ainda tentaram colocar castanhas no assador, mas nada feito, Seguro não assou; Seguro não as vendeu.