Portas acusa PS de "amadorismo" e "contas mal feitas" em termos de Segurança Social
O candidato da coligação Portugal à Frente defendeu este sábado que o PS se prepara para cortar nas pensões dos mais pobres e voltou a pedir aos portugueses que não confiem nas propostas da oposição.
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O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu este sábado que o programa socialista para a segurança social é "injusto, aventureiro e perigoso" e citou Mário Centeno para acusar os socialistas de cortar na ajuda aos mais pobres.
"Como já tem me tem sucedido nesta campanha, vou fazer-vos apenas uma citação. Abre aspas: Está simulado um congelamento de pensões até ao fim da legislatura, com exceção das pensões mínimas, outra dimensão é haver uma condição de recursos global para todas as prestações não contributivas [portanto, pensões mínimas e pensões rurais] e também para a ação social. Fim de citação, Mário Centeno, responsável pelo programa económico socialista. Que cada um tire as ilações que entender", disse Paulo Portas.
O líder centrista falava num almoço com apoiantes da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP), em Ourém, e argumentou que esta frase "significa um programa em termos de segurança social que é injusto, aventureiro e perigoso".
Sublinhou Paulo Portas que os socialistas querem cortar nas pensões dos mais pobres, põem em risco as reformas da classe média e, sem plafonamento, querem que o Estado continue a pagar pensões milionárias. Um programa iníquo e arriscado, avisa o líder do CDS-P.
"Acredito, e fico muito preocupado com isso, que esta ideia de penalizar os mais pobres, pôr em risco o pagamento das pensões da classe média para fazer um choque de consumo e continuar a pagar pensões milionárias, que isto é simplesmente amadorismo, pouca reflexão, contas mal feitas", defendeu.
"Nós não podemos entregar o país a quem não sabe o que quer, não diz o que quer e não fez bem as contas sobre o atual pagamento das atuais pensões, que não pode estar em risco, e o pagamento das pensões no futuro e a sua sustentabilidade, matéria que temos de tratar", acrescentou.
Numa intervenção de menos de vinte minutos, que antecedeu a do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, Paulo Portas começou por sublinhar que, depois do debate radiofónico com o líder social-democrata na quinta-feira, "o secretário-geral do PS já fez várias intervenções, em nenhuma foi capaz de esclarecer a dúvida com que toda a gente ficou naquele debate".
"Onde e a quem vai cortar aqueles 1020 milhões de prestações sociais dos mais pobres?", perguntou.
Portas disse falar com "a autoridade de pertencer a uma maioria que, apesar de todas as restrições e dificuldades, fez sempre uma opção preferencial pelos que são mais pobres", que aumentou as pensões mínimas, sociais e rurais, que o executivo anterior, do PS, havia congelado.
Antes de Paulo Portas, falou Pedro Passos Coelho. O presidente do PSD destacou a descida do desemprego e a escolha de Portugal pela revista Forbes para melhor destino de investimento, acusando a oposição de apostar no azar do país.
Pedro Passos Coelho acusou António Costa de estar contra Portugal e de querer dividir o país ao não viabilizar um orçamento de Estado de um governo que não seja por si liderado. O candidato da coligação Portugal à Frente defendeu que há questões que devem estar acima das diferenças partidárias.