Portugal "não é um Estado falhado". A resposta de Carlos César a Marcelo Rebelo e Sousa
A queda do helicóptero do INEM é mais um acidente com vítimas mortais em que se registam problemas entre entidades ligadas ao socorro. O Estado falhou? Carlos César e Luís Montenegro respondem na TSF.
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"Não me parece que o Estado português seja um Estado falhado". Carlos César responde assim ao Presidente da República, que depois da queda do helicóptero do INEM em Valongo condenou as "muitas falhas" associadas ao caso.
No programa da TSF "Almoços Grátis", o líder da bancada parlamentar do PS assume, por outro lado, que "há áreas de intervenção do Estado que estão aquém do que esperamos delas".
O importante, nota, "é que não se cometam os mesmos erros em relação às mesas situações mais do que uma vez".
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No caso da queda do helicóptero, "devem ser apuradas responsabilidades e daí tiradas consequências e sobretudo alterados procedimentos", se necessário, defendeu Carlos César.
Luís Montenegro defende, por seu lado, que a "marca da incapacidade" do Estado de dar resposta a uma série de problemas em que a segurança dos cidadãos é posta em causa, fica "indelevelmente marcada" a este ano.
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Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que caso se confirmem os erros no socorro às vítimas da queda do helicóptero do INEM, em Valongo isso significa que "o Estado falhou".
"Aquilo que consta no relatório preliminar [da Proteção Civil] são quatro falhas: duas da NAV [Navegação Aérea de Portugal] e duas do 112. É muita falha e muita falha significa que o Estado falhou, se se confirmarem" as conclusões desse relatório, disse o Presidente da República esta terça-feira.
A queda do helicóptero do Instituto INEM, no sábado, em Valongo, provocou a morte a quatro pessoas - dois pilotos, um médico e uma enfermeira.
A aeronave em causa é uma Agusta A109S, operada pela empresa Babcock, e regressava à sua base, em Macedo de Cavaleiros, Bragança, após ter realizado uma missão de emergência médica de transporte de uma doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto
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Com Anselmo Crespo e Nuno Domingues