No que diz respeito às diferenças entre os dois países no tratamento das questões dos direitos humanos, Augusto Santos Silva defende que Portugal deve apostar no diálogo sem confrontos.
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O Presidente chinês está prestes a terminar a visita oficial a Portugal e Xi Jinping não sai de Lisboa de mãos a abanar. A relação entre os dois países está cada vez mais forte, diz o ministro dos Negócios Estrangeiros português às manhãs da TSF e sublinha a importância dos acordos assinados, nomeadamente os que vão permitir a entrada da fruta e da carne de porco nacional no mercado chinês.
"Já hoje quase 1.500 empresas portuguesas exportam para a China, mas é evidentemente necessário abrir mais o mercado chinês. Toda a gente diz, quer os americanos, quer os europeus e também o dizem os portugueses. Por isto é que foi tão importante o acordo que nós já estabelecemos com a China e que permite abrir o mercado chinês à exportação nossa de carne de porco e é muito importante o acordo que vai ser assinado hoje que permite abrir o mercado chinês às frutas portuguesas."
Augusto Santos Silva, questionado sobre se a questão dos direitos humanos foi chamada à conversa, isto depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter afirmado que as diferenças entre os dois países não impedem o relacionamento, o ministro dos negócios estrangeiros dá uma resposta diplomática.
"Portugal fala sempre de direitos humanos, fala de democracia. Agora, fala de uma maneira que não é dar lições aos outros. Nós não fazemos conferências sobre os direitos humanos. Nós somos, aliás, conhecidos por ter uma abordagem não confrontacional e apostada no diálogo com os Estados e somos prezados por isso."
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Quanto à visita de Marcelo Rebelo de Sousa à China em abril do próximo ano, Augusto Santos Silva destaca que esta será uma oportunidade para "verificarmos o cumprimento dos acordos que já estabelecemos e o lançamento de novos acordos."