Presidenciais: Gouveia e Melo em vantagem, Marques Mendes e Seguro muito próximos. Ventura perde
Na sondagem da Pitagórica para TSF/JN/TVI/CNN Portugal, o almirante na reserva ainda lidera as intenções de voto, mas está empatado com Marques Mendes. Numa eventual segunda volta, Gouveia e Melo, Marques Mendes e António José Seguro batem André Ventura
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Henrique Gouveia e Melo já teve uma margem confortável face aos adversários na corrida presidencial, mas agora está abaixo da fasquia dos 30% e a margem estreitou-se, dando origem a um empate técnico com Luís Marques Mendes.
Gouveia e Melo regista 26,9% de intenções de voto e Marques Mendes tem 20,3%. São 6,6 pontos de diferença, encontrando-se, por isso, dentro da margem de erro da sondagem.
Seguem-se António José Seguro com 18,4% e André Ventura com 13,9%.
Abaixo dos 10%, estão João Cotrim de Figueiredo (9,1%), Rui Tavares (2,9%), António Filipe (2,5%) e Catarina Martins (1,9%).
Na hipótese de uma segunda volta, Henrique Gouveia a Melo vence contra Marques Mendes, Seguro e Ventura, mas a contenta com os antigos líderes do PSD e do PS é mais apertada. São 42% para Gouveia e Melo contra 37% para Marques Mendes e, se for António José Seguro, o oponente, a margem é de sete pontos (44% contra 37%).
Pelo contrário, face a André Ventura a vitória é mais dilatada (63% contra apenas 15%). O líder do Chega perde, aliás, contra todos estes candidatos.
Já Marques Mendes leva apenas três pontos de vantagem sobre António José Seguro numa eventual segunda volta.
O almirante na reserva continua a ser o candidato presidencial com maior firmeza de voto (57% admitem votar nele) e menor rejeição (40%).
Logo a seguir, estão Marques Mendes (53% no potencial de voto e 44% de rejeição) e António José Seguro (com 51% de potencial de voto e 45% de rejeição).
Todos os outros candidatos registam uma alta taxa de rejeição, com destaque para Joana Amaral Dias e Catarina Martins.
Analisando os dados, Gouveia e Melo recebe votos de eleitores de todos os partidos, Seguro retém 40% daqueles que votaram no PS nas últimas legislativas e Marques Mendes segura 36% do voto na AD. É entre os eleitores do PS e da AD que está o maior número de indecisos.
A grande maioria dos inquiridos (61%) considera que o próximo Presidente não deve interferir num hipotético processo de entrada do Chega no Governo. Já 22% consideram que deveria intervir se fosse para garantir a estabilidade política e, pelo contrário, 13% defendem que, mesmo que cause instabilidade, o chefe de Estado não deve intervir.
Mais de metade consideram que o futuro Presidente da República não deve dissolver o Parlamento em caso de chumbo do Orçamento do Estado.
A saúde está no topo das prioridades que os inquiridos querem ver na agenda do Presidente, apesar de este não ter poderes Executivos. Seguem-se a habitação e a política de imigração.
Já na reta final do mandato, Marcelo Rebelo de Sousa convence metade dos inquiridos que lhe dão nota positiva, mas 45% reprovam a atuação do Presidente da República.
Cerca de 35% depositam igual confiança em Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro, enquanto que 34% confiam mais no Presidente e 22% escolhem o primeiro-ministro.
Na lista dos melhores Presidentes depois do 25 de Abril, António Ramalho Eanes mantém a liderança, seguido por Jorge Sampaio e Cavaco Silva recupera na avaliação empatando com Marcelo Rebelo de Sousa e Mário Soares.
Ficha Técnica
Sondagem realizada pela Pitagórica para a TSF/JN/ TVI, CNN Portugal, com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com as eleições presidenciais de 2026. O trabalho de campo decorreu entre os dias 06 e 10 de outubro de 2025. A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores recenseados em Portugal e foi devidamente estratificada por género, idade e região. Foram realizadas 1226 tentativas de contacto, para alcançarmos 625 entrevistas efetivas, pelo que a taxa de resposta foi de 50,98%. As 625 entrevistas telefónicas recolhidas correspondem a uma margem de erro máxima de +/- 4,00% para um nível de confiança de 95,5%. A distribuição de indecisos é feita de forma proporcional. A direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da ERC - Entidade Reguladora da Comunicação Social, que os disponibilizará para consulta online.