Numa breve intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa reagiu à morte de Mário Soares lembrando o percurso político do antigo Presidente da República.
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O Presidente da República recordou este sábado o antigo chefe de Estado Mário Soares, acima de tudo, como um "lutador da liberdade" e defendeu que Portugal tem o dever de combater pela "imortalidade do seu legado".
Numa declaração de cerca de quatro minutos, lida na Sala das Bicas do Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "Mário Soares nasceu e formou-se para ser um lutador e para ter uma causa para a sua luta: a liberdade", e considerou que esse foi "o penúltimo combate" que travou.
"Resta a Mário Soares, como inspirador, travar o derradeiro combate, aquele em que estamos e estaremos todos com ele: o combate pela duradoura liberdade com justiça na nossa pátria comum, que o mesmo é dizer, o combate da imortalidade do seu legado, um combate que iremos vencer, porque dele nunca desistiremos, tal como Mário Soares nunca desistiu de um Portugal livre, de uma Europa livre, de um mundo livre. E, no que era decisivo, ele foi sempre vencedor", acrescentou.
Nesta intervenção, o Presidente da República recordou momentos da vida de Mário Soares: a presença corajosa ao lado de Humberto Delgado, a resistência a partir do exílio, o debate com Álvaro Cunhal, a disponibilidade para servir como primeiro-ministro e Presidente da República, o sonho de Timor-Leste independente.