Rui Rio falou sobre vários temas que estão na atualidade do país, desde as presenças de José Silvano em sessões plenárias onde não esteve ao caso das informações que, alegadamente, foram transmitidas ao Presidente da República sobre Tancos.
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O presidente do PSD, Rui Rio, manteve, esta segunda-feira, a confiança política no secretário-geral do partido, José Silvano, depois da notícia de que este assinou presenças em sessões plenárias do Parlamento em que esteve ausente.
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"Claro que mantenho a confiança política. O caso não é agradável, como é evidente, não é um caso positivo, mas acha que ter uma proposta para o país, discutir o país, debater o país pode ser anulado pelas pequenas questiúnculas que estão constantemente a surgir neste partido e nos outros partidos. Não pode ser, temos de estar um bocadinho acima disso", acentuou.
O líder do maior partido da oposição, que falava à margem de uma reunião com a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal (Confagri), no Porto, esclareceu que o secretário-geral do PSD já lhe explicou o que se passou e que este deverá ainda hoje "repor a verdade".
"O deputado José Silvano já me explicou o que se passou e vai fazer hoje ainda, penso eu, um direito de resposta ao jornal no sentido de que seja reposta a verdade daquilo que aconteceu. A ele lhe compete fazer isso como deputado, eu nem sequer deputado sou e, portanto, verão a explicação que ele vai dar", afirmou.
Citando o registo oficial das sessões plenárias da Assembleia da República, o jornal Expresso de sábado noticiou que José Silvano não faltou a qualquer das 13 reuniões plenárias realizadas no mês de outubro, apesar de em pelo menos um dos dias ter estado ausente.
Uma informação falsa, conforme o próprio admitiu ao Expresso. Na tarde de 18 de outubro, o dirigente do PSD andou pelo distrito de Vila Real ao lado de Rui Rio, cumprindo um programa de reuniões que teve início às 15h30. Apesar disso, nessa quinta-feira, alguém registou a presença do secretário-geral social-democrata logo no início da sessão plenária, quando passavam poucos minutos das três da tarde.
Sobre Tancos, Rio garante que "até ver" Rio rejeita qualquer envolvimento do PR
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O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou hoje que, "até ver", rejeita qualquer envolvimento do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no caso do encobrimento do processo de recuperação de armamento furtado em Tancos.
"Até ver, eu não coloco isso no patamar do Presidente da República", salientou Rui Rio, em declarações aos jornalistas, após uma visita à Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal (Confagri), no Porto.
Para o líder social-democrata, "estar agora todos os dias com mais uma coisa, menos outra coisa, umas serão verdade, outras não serão verdade, tudo isto desgasta e desprestigia muito".
"E, portanto, a minha opinião é que, para o país, se nós pudermos andar com isto rápido, é fundamental", defendeu.
"PSD não tem estado devidamente envolvido nas questões agrícolas"
O presidente do PSD, Rui Rio, assumiu hoje que o partido não tem estado "devidamente envolvido nas questões agrícolas" e prometeu ter esse "cuidado" aquando da elaboração das listas de deputados.
"A Confragri [Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal] apresentou uma série de questão ligadas ao setor agrícola, fez até uma certa apreciação crítica de que o PSD não tem estado, já de há uns anos para cá, devidamente envolvido nas questões agrícolas. Eu acho que eles têm razão e vamos ter naturalmente esse cuidado através do Conselho Estratégico Nacional, através da feitura das listas de deputados onde temos pouca gente afeta à agricultura", afirmou Rui Rio no final de uma reunião com a Confagri no Porto.
Segundo o dirigente social-democrata, foram ainda apresentadas "algumas propostas relativamente ao Orçamento do Estado" que o PSD vai agora analisar em sede do debate na especialidade.
O líder do maior partido da oposição deu como exemplo o setor das cooperativas que "em muitas situações" não é elegível para efeitos de fundos comunitários.
"Imagine que uma cooperativa quer comprar uma máquina porque cada produtor que está na cooperativa não tem dimensão para essa máquina. Portanto, a cooperativa compra e todos os demais utilizam, pois bem, um investimento deste género não é elegível no quadro dos regulamentos. Enquanto que se for um produtor isolado já o pode fazer", explicou.
Segundo o presidente do PSD, esta é "uma situação grave que prejudica particularmente o norte do país", onde estão as explorações agrícolas mais pequenas que, não tendo dimensão, se juntam em cooperativas para terem a escala que é preciso ter para escoarem os seus produtos, declarou.