Assunção Cristas pede "ambição" e "mais empenho" do Governo para fazer crescer a economia, defendendo que há "sinais", como é o caso das exportações, que "não nos deixam tranquilos".
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A líder do CDS-PP considera que o Governo deve ser "mais ambicioso" nas metas para o crescimento económico, e entende que a previsão de crescimento de 1,8% para 2017 [apresentada pelo Executivo socialista no Programa de Estabilidade 2017-2021] é "pouco" para os desafios com que Portugal se depara.
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"Olhamos para a vizinha Espanha que cresce acima de 3,5% e, portanto, em Portugal, termos uma previsão de 1,8% - ou que seja menos ou um pouco mais - é, ainda assim, pouco para aquilo que são os desafios do nosso país. Temos de trabalhar para sermos mais ambiciosos nessa matéria", afirmou Assunção Cristas, no final de um almoço promovido pelo American Club of Lisbon, depois de confrontada com o parecer do Conselho de Finanças Públicas, que diz que a previsão do Governo "afigura-se plausível".
Nesse sentido, adianta a líder do CDS-PP, o grupo parlamentar centrista já avançou com um projeto de resolução onde "elenca um conjunto de medidas" de forma a "garantir um crescimento económico mais sólido, mais sustentável e mais significativo" para o país.
À margem do almoço, Assunção Cristas foi também questionada sobre as previsões do FMI, que aponta para uma desaceleração da economia portuguesa em 2018. Assunção Cristas considera que o Governo tem de estar mais "empenhado" em fazer crescer a economia, por exemplo através das exportações.
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"Tínhamos um objetivo de um peso de 50% de exportações no PIB até 2020 e esse peso foi revisto em baixa por este Governo. Por isso, eu penso que há sinais que não nos deixam tranquilos", disse.
A mobilidade como o "grande desafio" de Lisboa
No discurso, durante o almoço, a líder do CDS-PP falou única e exclusivamente sobre a corrida autárquica e sobre a capital, elencando a habitação, mas, em particular a mobilidade, como s grandes apostas da candidatura.
"Transportes, estacionamento, transportes coletivos, uso do automóvel, uso de meios de transporte partilhados. É um grande desafio", afirma, sublinhando que é preciso encontrar soluções "sérias e desafiantes", por exemplo, no que diz respeito ao metropolitano da capital: "Continuamos à espera dos investimentos nos transportes públicos e o metro é apenas um desses exemplos", afirmou, lamentando que durante a governação socialista não tenha havido "nenhum progresso positivo".
Assunção Cristas falou ainda sobre o tema da habitação, criticando o facto de existirem, neste momento, cerca de "1600 casas de habitação social fechadas", e defendendo que "têm de ser rapidamente abertas e reabilitadas". Lançando o repto para que existam "políticas ativas de habitação" na cidade, para que Lisboa seja uma "cidade jovem, com gente de todas as idades", a líder centrista considera que "é preciso olhar além das salas de visita da capital".
Sobre as obras, adianta: "Nós podemos achar que está mais bonito, mas o mais bonito não resolve tudo".