Hugo Soares nota que a questão “ficou resolvida” quando se percebeu que Patrícia Dantas “não deveria” assumir o cargo.
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Para o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, é “quase uma gargalhada nacional” considerar-se que o Governo teve a primeira baixa com a desistência de Patrícia Dantas. A antiga deputada foi convidada para o lugar de adjunta no Ministério das Finanças, aceitou, mas acabou por recuar por alegado uso indevido de fundos europeus.
A desistência de Patrícia Dantas foi entendida como a primeira baixa na equipa de Luís Montenegro, ainda com a polémica descida do IRS sob os holofotes, mas Hugo Soares desvaloriza o tema e pede “rigor” nas análises.
“Querem comparar uma assessora com membros do Governo. De resto, cheguei a ler que o Governo tinha a primeira baixa. Foi com gargalhada que encarei essa notícia. Considerar que uma assessora que estava para entrar para o Governo e não entra, é algo absolutamente extraordinária”, defendeu.
Hugo Soares nota que a questão “ficou resolvida” quando se percebeu que Patrícia Dantas “não deveria” assumir o cargo “pelas questões que foram tornadas públicas”.
“Não chegou a tomar posse, nem foi nomeada. Comparar isto com queda de membros do Governo é mais do que excessivo. Queria pedir um maior rigor na apreciação dessas situações”, apelou.
O líder parlamentar do PSD foi também questionado sobre a ausência do ministro das Finanças no debate de urgência sobre a polémica com o IRS, pedido pelo PS. Hugo Soares lembra que Joaquim Miranda Sarmento está em Washington, e “não tem o dom de estar em dois sítios”.
“É do conhecimento público que o ministro das Finanças está nos EUA a acompanhar a reunião do FMI. E também é do conhecimento público que o ministro das Finanças não tem o dom de estar em dois sítios ao mesmo tempo. O debate pode fazer-se com o ministro dos Assuntos Parlamentares, ele é que não pode fazer-se substituir numa reunião com o FMI”, explicou.