Professores: PSD acusa Bloco de "hipocrisia", CDS apoia iniciativa parlamentar
O Bloco de Esquerda desafiou a Direita a juntar-se a um cenário de apreciação parlamentar no caso da recuperação do tempo de serviço dos professores. CDS e PSD respondem assim.
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A deputada do PSD Margarida Mano acusa o Bloco de Esquerda de "hipocrisia" porque votou ao lado do Governo no debate sobre a falta de investimento na Educação e agora pede que os partidos mantenham a coerência na hora de votar a apreciação parlamentar ao decreto sobre o descongelamento das carreiras dos professores.
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A deputada não esclarece concretamente se acompanha ou não o Bloco de Esquerda nesta iniciativa parlamentar. Assegura apenas que o PSD é um partido "responsável": não vai tomar nenhuma decisão que não seja exequível.
O problema está em grande parte no Orçamento do Estado, aprovado, inclusive, com o voto favorável do voto de Esquerda, lembra Margarida Mano.
Por sua vez, Ana Rita Bessa, do CDS, diz que ficará ao lado do Bloco para qualquer solução parlamentar que vincule os próximos governos, mas ainda estão à espera de saber quanto é que custa o descongelamento.
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A deputada centrista diz que "negociar não é só sentar à mesa e ouvir", mas também "procurar linhas de contacto independentemente de haver pontos de inflexibilidade".
"O Governo escolhe não fazer isso, consciente das consequências negativas para todos".
O Bloco de Esquerda anunciou esta segunda-feira que admite recorrer a todos os instrumentos parlamentares para ajudar os sindicatos dos professores a encontrar uma solução que permita recuperar o tempo de serviço dos docentes.
A reunião desta segunda-feira, entre sindicatos e professores foi inconclusiva e, em declarações à TSF, a deputada bloquista Joana Mortágua lamenta a falta de abertura do Governo.
"Não excluímos nenhuma iniciativa parlamentar, sendo que o mais natural se tudo acontecer como aconteceu no final do ano passado, é que haja um decreto-lei que seja alvo de apreciação parlamentar", explicou a deputada bloquista.
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